Beatriz era uma garota adorável, Inteligente e meiga. Cercada pelos hormônios da adolescência não conseguia controlar certas emoções que surgiam em forma de avalanche.
Os kadoquianos não viviam essas emoções na adolescência. Na verdade eles não usavam esse termo, emoções, apenas iam crescendo e evoluindo. Possivelmente era esse um dos problemas em Kadock, seus habitantes deixaram de ser frágeis como ocorre com os humanos e suas emoções talvez tenham ficado ibernadas.
Apesar de viverem por muito tempo, aliás (não sei se mencionei isso), eles eram capazes de viver cerca de quinhentos anos. Brifo era um jovem de cento e cinquenta anos, enquanto Mada, só um pouco mais velha, possuía cento e setenta. E nesse longo período de tempo eles se aprendiam a aprender e ficavam tão concentrados nisso que pareciam não ter um tempo para pensarem no que realmente eram.
Entender a mente terráquea era complicado, mas ainda mais difícil era empreender os labirintos dentro do cérebro kadoquiano. Criaturas racionais cumprindo uma existência quase perfeita porém artificial. Sim sabemos que humanos são cabeça dura, mas, sua irregularidade, seus erros, sua teimosia, sua prepotência, arrogância e estupidez escondiam medo, incompreensão, insegurança. Tudo isso os kadoquiano deixaram para traz a muito tempo e Mada estava percebendo tais diferenças e isso começava a deixa-la exposta. Ela estava se apegando.