O Planeta Terra

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    _ Esse planeta se chama Terra, mas bem que poderia se chamar água. Aqui tem muito mais água do que terra na verdade. Era por isso que a vida era tão diversa por aqui afinal. Estava começando a se apegar a esse planeta e será que isso era bom?

    Brifo pensava isso enquanto bebia seu copo de água com gelo. Ele tinha receio de beber outra substância. Como saberia se era seguro? Como eles tinham coragem de ingerir tantas substâncias diferentes, de cores, cheiro e texturas bem diferentes. E esse cheiro dessa coisa que chamam de cerveja. Como era horrível!

    _ Então, Brifo e Mada não é? Agora vocês irão comer o melhor lanche já feito por um ser humano! Mal acabou de pronunciar a frase e um rapaz encapuzado entrou armado no local.

    Mada rapidamente ativou seu escudo de proteção. Era algo instintivo. Felizmente era invisível. O homem ameaçou a todos ali gritando para não se mexerem. Sua voz era rouca e ele esbravejava olhando em direção aos quatro que estavam na mesa do canto próximo ao balcão de madeira.

    Bem sempre é possível entender como as coisas funcionam. Que planeta estranho! Porque ele simplesmente não pede aquilo que precisa para seus companheiros da mesma espécie? Brifo ainda estava tentando entender esse tal capitalismo, mas era tão confuso!

    Carolina e Otávio estavam ainda congelados. O homem continuava a gritar com a moça do caixa que se afastou deixando a máquina registradora e as as gavetas abertas. Ele pegou tudo o que pôde. Ao sair observou o iPhone de Carolina em cima da mesa. Caminhou na direção dele.

    _ Passa o celular moça!

    _ Mal acabou de pronunciar a frase seu braço travou no ar como se estivesse congelado. O homem começa a entrar em pânico e a arma caiu no chão. Olhou para o braço tentando move-lo sem sucesso soltou um grito. As pessoas começavam a olhar sem entender absolutamente nada.

    Apenas Mada e Brifo, que soltou um risadinha de canto de olho, sabiam o que estava ocorrendo ali. Mada com seu poder de penetrar na mente de qualquer criatura agora controlava as vontades daquele ser que não fazia a menor ideia do que estava ocorrendo. Mada deu uma rápida olhada nos botões da calça do sujeito. Era uma espécie de trava, que mecanismo estúpido! Se desprendeu do tecido com facilidade. As calças caíram e mesmo tentando correr o corpo não obedecia. Soltou outro grito mas agora de pânico. Mada se deu por satisfeita.

    _ Vamos embora daqui Mada! Brifo sussurrou.

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