Capítulo 12 Pg 9.

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Capítulo 12 Pg 9.

𝑺𝒂𝒎𝒏

O reformatório é um lugar bem merda para alguém como eu. Mas ser forte é o principal por aqui, tamanho e força reinam, então é normal ver pessoas franzinas pagando de escravas para os outros maiores. E isso nunca seria o meu caso... porque aqui, todos são meus escravos, independente ou não se é franzina ou grandão.

— Ele era daquela máfia, a Iskra. Eu acho que lembro bem de algumas coisas que esses caras fizeram... — cochichou um dos meus súditos não tão distante de mim

— Ele não lutou contra um agente do FBI?! Que porra um cara desse tipo faz no meio da gente! — indagou o moleque ao seu lado

— Não sei, isso é bem da hora até. Por quê a gente não tenta usar ele a nosso favor? Podemos acabar saindo daqui numa boa se estivermos ao lado dele! — sorriu, achando sua ideia a melhor de todos os tempos

— É, eu tô sabendo também que o motorista deles também tá aqui, mas não sei qual é a cela dele. Que quê cê acha que rolou pra esse povo esbarrar no reformatório?

— Sei lá. Não deve ter sido as coisas normais que estamos acostumados a passar...

A alto confiança deles é como uma linha tênue. Me odeiam mas ao mesmo tempo me apreciam, ao ponto de terem certeza que eu nunca seria preso por algum motivo idiota.
...

— Que isso cara, ceis ficaram sabendo que o jantar vai ser uma gororoba de feijão? Nego vai peidar a noite toda! — Comentou Nagata no meio dos outros presos

Diferente de mim, o Hakkai faz amizade, ou pelo menos tenta ser amigável com as pessoas, isso com certeza é resultado do TDH insano dele, mas no final, ainda tem gente cuspindo ódio gratuito, por inveja ou necessidade de parecer mais foda...

Enquanto estivermos aqui, muitos filhos da puta tentaram tirar proveito da "burrice" dele, mas o lado bom disso é que somos tão desgraçados quanto eles... não é diferente pra Aelin, não sei como tá sendo viver entre as outras garotas, mas uma nova rainha foi coroada...

𝗨𝗺 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝘁𝗮𝗿𝗱𝗲...
𝟭𝟴:𝟬𝟯 𝗱𝗮 𝗻𝗼𝗶𝘁𝗲.

Kaliel caminhava numa serenidade admirável sobre as ruas agitadas de New York. Recentemente German foi transferido para a prisão desta cidade, esta que, pelo visto, é muito bem elaborada quando se fala de segurança, é de se duvidar que algum preso fugiria tão facilmente.

Parado em frente aos portões gigantescos do lugar, Kaliel mantém seu olhar para cima, imaginando como as coisas mudarão depois que ele escutar as coisas que sairão da boca de German...

— Rapaz? O que faz aí parado? — perguntou um dos policiais de guarda no portão

— Ah, sinto muito. Eu vim ver alguém, com licença! — partiu para dentro

Não é tão fácil se comunicar com German, pelo nível de perigo, é altamente importante que os policiais façam uma grande análise sobre o visitante, mas no caso do Kaliel, apenas ter mostrado o comprovante de Devon foi o bastante..

Após ser encaminhado para a sala de visitas, deparou-se com German Becker preso a correntes de aço, tinha suas mãos trancadas e suas pernas completamente rodeadas pelas correntes. Tem ao seu lado pelo menos 2 policiais de elite, prontos para dispararem sobre qualquer movimento dele.

Como a conversa entre os dois é de grande sigilo, cada um deles tem tampões em seus ouvidos para evitar que escutem uma só palavra do que será dita, embora isso vá contra as vontades do delegado, quem é ele para tentar passar por cima das ordens do chefe do FBI?!

— Eu realmente não gostaria de ter te recebido dessa forma. — Iniciou German, encarando a expressão indiferente de Kaliel

— Tudo bem. Eu vim preparado para tomar sustos. — respondeu ponto as mãos sobre a mesa de ferro entre os dois

Uma conversa de altos plots se iniciou, e não foi tão difícil assim para que Kaliel fizesse German lhe dizer alguma coisa sem que pedisse por algo em troca. Quanto mais falava, mais o recruta se espantava, mas uma forte sensação prazerosa crescia dentro dele, e era nada menos do que o poder da razão.

German cuspiu toda a verdade que Kaliel esperava escutar sobre Bronx, todo esse tempo a última peça do quebra cabeça estava diante dos seus olhos mas só agora foi capaz de ver com clareza.

𝑲𝒂𝒍𝒊𝒆𝒍

Quando eu saí daquela prisão minha cabeça estava como um turbilhão. Mas não como um embaralho. Tudo começou a se encaixar com clareza, era o que Katori precisava saber...

Todo esse tempo Isaac esteve enganando e fugindo de Katori como um rato, mas ele estava apenas voltando para quem lhe deu as tais ordens. Enquanto fugia, não era porque estava evitando um confronto com Lumier, mas mantê-lo vivo trouxe muitas brechas em que os dois pudessem agir juntos sem precisarem se preocupar com o FBI, já que eles estavam exterminando a Iskra.

Ter o Lumier atrás do Isaac o tempo inteiro fez com que o Lester fosse um completo figurante no meio de todos. Devon atrás de German, o chefe atrás de Isaac, enquanto todos estavam buscando por aqueles em seu campo de visão, ele conseguiu fazer parte de tudo...

— Esse cara...ele nunca foi invisível, ele estava sempre aqui! Todo esse tempo, no acidente da ponte, no sequestro da filha do German, na luta contra a divisão do Sul, na explosão do prédio que houve no México, ele estava presente em todos esses acontecimentos... — falei para mim mesmo, meus olhos arregalados encaram as minhas pequenas pesquisas anteriores, seguradas por mãos trêmulas

Depois de tudo o que German falou, as coisas começaram a fazer total sentido. Eu poderia escutar a gravação que fiz e escutar o quanto fosse, era essa a realidade, nunca foi outra hipótese, nem mesmo possibilidade, essa é a completa verdade!

— É excitante quando as coisas finalmente começam a dar certo pra você depois de tanto tempo tentando, não é? — escutei a voz feminina falar e senti sua presença nas minhas costas

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