Continuação da Pg 8.
Isaac estava completamente convencido de que Lumier está em casa agora dormindo tranquilamente. Isso até a porta do escritório se abrir e ele entrar, Isaac nem virou-se, apenas reagiu com um sobressalto, esperava tudo, menos que fosse flagrado.
- Uau, você deve me achar trouxa pra caralho...- Disse Lumier enquanto caminhava para perto. - Quer saber, eu tô até orgulhoso, então é você o tão falado Demônio do Sul. - Disse sarcasticamente.
A tensão de Isaac foi momentânea, logo surgiu a escuridão que sempre o habitava por detrás de uma máscara simpática e amigável.
Graças ao Kaliel, Lumier pôde descobrir quem era realmente o seu tão adorado amigo. Desde cedo o recruta esteve reunindo fatos que provasse sem falhas a verdadeira face dele.
Kaliel sabia dos riscos que estaria à correr entregando ele dessa forma, preparando-se para perder seu emprego e até mesmo ser preso.
- O que vai acontecer comigo daqui pra frente tá por tua conta, Katori, eu só segurei na mão de Deus e vim! - Sendo essas suas palavras, não foram as mais sábias, mas foram as mais sinceras.
Em resposta Isaac começou a rir, suas gargalhadas ecoavam, parecia mesmo estar se divertindo, uma felicidade desenfreada o consumiu, junto de um grande alívio.
- Ah, Lumier, você não sabe como isso me deixa feliz! - Esganiçou - Quanto tempo demorou pro Kaliel abrir o bico? 4 meses? 6 ? QUEM SABE QUATRO ANOS!
Lumier nem mesmo o respondeu, apenas partiu para cima, seu braço já estava pronto para soca-lo. Isaac com sua presteza o defendeu, recuando para trás rapidamente, não teve tempo para respirar, Lumier sem perder tempo, chutou a cadeira em direção a ele, o obrigando abrir uma brecha assim que desviasse da cadeira.
Ambos se atacaram ao mesmo tempo, Isaac segurando o punho de Lumier, evitando um soco, e ele desferindo-lhe uma cotovelada em seu rosto. Chegou a ficar desnorteado mas não a ponto de perder o foco.
Ainda com o seu punho em mãos, usou dele mesmo para atingi-lo no nariz com o próprio braço, o que arrancou sangue de suas narinas. Imediatamente sacou uma faca, na finalidade de acerta-la diretamente na testa dele, mas Lumier esquivou-se, e a faca foi fincada na parede de madeira logo atrás.
Para livrar-se da desvantagem, chutou a barriga de Isaac, o próprio quase cai para trás, mas apoiou-se com as mãos no chão, usou disso para acerta-lo com um chute no queixo. Habilmente girou o corpo por inteiro, acertando mais um chute, com mais força e rapidez, fazendo-o acertar a cabeça sobre a mesa que há o computador em cima.
Teve ainda que se desviar da faca que lhe foi arremessada, a mesma que esteve fincada na parede, enquanto o fazia, avançou, acertando-lhe um soco no estômago de Isaac, o deixou completamente sem fôlego, aproveitou-se disso para bater a cabeça dele contra a mesa, deixando um corte causado pela madeira, na testa dele.
Isaac usou do vaso de flores de enfeite, que estava caído sobre a mesa, para quebra-lo na cabeça de Lumier, atordoado com isso ele cambaleou para trás, mas ainda não foi certeiro para deixa-lo fora de si.
Para não deixar Isaac escapar, sacou a arma que estava em sua cintura, não pensou antes de atirar, mesmo depois de um baque, sua mira ainda é perfeita. Isaac atravessou a vidraça, caindo no gramado, a bala ainda chegou a passar de raspão no seu rosto.
- Desgraçado. - murmurou Lumier.
Saiu da sala e desceu as escadas o mais rápido que pôde, desacreditou que Isaac teve a coragem de se jogar daquela altura apenas para se livrar de um tiro. Chegando lá, viu que era tarde ele já estava fugindo, ainda teve tempo de furar os pneus do carro de Lumier que estava do lado de fora do departamento.
Olhava para o carro desaparecendo pela estrada, nem isso foi capaz de arrancar raiva de Lumier, sabia que tudo o que precisava agora é considera-lo seu inimigo.
