Capítulo 27

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Dodô narrando 😎

Terminei de cheirar mais uma carreira, me encostei na poltrona, e fiquei relaxado.
Meno: Dodô! Ta ai, caralho? - um vapor bateu na porta.
Dodô: Fala memo, Meno! - respondi, lhe dando permissão pra entrar.
Meno: O playboy ta ai, quer mais farinha! - ele falou, assim que entrou no meu escritório.
Dodô: Esse porra não se cansa? - bufei impaciente - Manda entrar, carai!
Desde que a Bia tinha começado a pegar playboy do asfalto, o Antares tinha virado uma zona. Todos os dias, o tal do Bernardo subia o morro pra comprar droga, já tava boladão com isso. Eu comia a Bia as vezes, ela é minha puta exclusiva, só autorizei o namoro dela, porque tenho interesse maior. Ela ta viciando o merda do Tiago, também, preciso dos dois fudidos de dividas comigo, até o pescoço.
Meno: Entra, caraí! - falou para o Bernardo, empurrando o mesmo pra dentro da sala.
Bernardo: E ai Dodô, satisfação? - ele parecia um rato amedrontado, a abstinência da coca já tinha pegado.
Dodô: Qual foi, porra? Tu não cansa não?! - balancei a cabeça, o encarando.
Bernardo: Só quero meu pó! - falou baixo, me entregando uma nota de R$100,00.
Dodô: E a tua irmã? Quando vai trazer? - sorri satisfeito, pegando o dinheiro.

Bernardo: Pô, ela tá morando com o Cadu! - ele falou em um tom paciente.
Dodô: Porra! Mas já?! - cocei a cabeça. Eu tinha ficado afim da Lari, talvez depois que eu comer ela, essa vontade passa. Só que tenho outro plano, se o Cadu tiver gamadão mermo, vou atingi-lo com a mina.
Bernardo: Pode crê! - deu de ombros, seus olhos brilhavam me vendo preparar a quantia certa de farinha. Parecia um vira-lata faminto, vendo um frango de padaria.
Dodô: Oh, morro do Antares não é bagunça! Controla essa porra, cocaína não é água! - falei, lhe entregando um saquinho.
Bernardo: Valeu, cara! - sorriu animado, pegando a embalagem.
Dodô: Se liga, to afim da tua irmã! Tu sabe que sou parceiro, pô. Me ajuda nessa! - o encarei, fazendo o pedido parecer uma ordem.
Bernardo: Vou ver o que consigo, cara. Mas ela ta virada comigo!
Dodô: Te vira, playboy do caralho! - fechei a cara - Agora vaza!
Bernardo: Valeu! - ele assentiu, abrindo a porta e indo embora.
Fiquei na boca, vendo os b.o. A Morena  vai ser minha, custe o que custar, tudo nosso!

Lari narrando 🩷

Nossa noite terminou em comidas e filmes, eu não estava com cabeça pra namorar, e não iria entregar minha virgindade tão cedo para o Cadu. Acordei na manhã seguinte, com ele beijando minha testa, abri os olhos lentamente, e sorri.
Lari: Bom dia! - murmurei, entre bocejos.
Cadu: Bom dia, minha linda - sorriu de canto - Dormiu bem?
Lari: Perfeitamente! - me levantei, dando uma espreguiçada.
Cadu: Dahora! Gata, vou comprar nosso café da manhã, e já colo de volta! - falou, enquanto se trocava - Ah, seu rádio tava tocando, mas não atendi não!
Lari: Tudo bem, vou ver quem é! - peguei o Iphone sobre o criado, e desbloqueei a tela.
Cadu: Fui! - voltou a cama, selando nossos lábios.
Lari: Tchau! - retribui o selinho.
Minha mãe havia ligado, com certeza que vai implorar pra mim voltar para casa. Mas eu não volto, enquanto tiver que morar no mesmo teto que o Bernardo. Retornei a ligação, no segundo toque ela atendeu.
IDL:
Lavínia: Oi, Filha!
Lari: Oi, mãe. A senhora me ligou?
Lavínia: Liguei sim. Volta em casa hoje e...
Lari: Mãe! Eu não volto pra casa, enquanto o Ber morar lá! - a interrompi.
Lavínia: Me deixa falar! Não estou te chamando de volta, só estou falando pra você ir pegar suas coisas. Sei que seu pai vai me repreender por isso, mas não é justo. Vai lá agora de manhã, e pega seus pertences!
Lari: Ah... - fiquei realmente desapontada, esperava que ela me pedisse pra voltar - Tudo bem, mãe. Vou lá agora!
Lavínia: Ok. Tchau! - desligou.
FDL

Pelo jeito, fiz um favor para a minha família. Joguei o celular de lado, terminei de levantar e arrumei a cama, em seguida fui ao banheiro, onde lavei o rosto, usei um enxaguante bucal, e prendi o cabelo em um coque frouxo. Rapidamente, o Cadu voltou.
Cadu: Cheguei, amor - ele falou, adentrando no banheiro.
Lari: Oi - sorri.
Cadu: Qual foi? - me encarou, franzindo o cenho.
Lari: Minha mãe ligou, falou pra mim ir buscar minhas roupas! - falei baixo.
Cadu: Tu queria que ela te pedisse pra voltar, né? - alisou meu rosto.
Lari: Sim!

Cadu: Gata, não fica bolada. Tudo tem sua hora, na melhor eles paga! - me abraçou de canto.
Lari: Eu sei. Tu me leva lá? - olhei para ele.
Cadu: Opa, vamo tomar café antes! - sorriu.
O Cadu havia comprado várias coisas, realmente um café farto. Apos tomar o café da manhã, eu fui até a lavanderia, peguei as minhas roupas que já estavam secas, me troquei, calcei minhas rasteiras e soltei o cabelo. Fomos de carro para o Leblon, em menos de vinte minutos estávamos na frente de casa.
Cadu: Quer ajuda? - falou, desligando o motor.
Lari: Não - balancei a cabeça - Só pra colocar as malas no carro.
Cadu: Jaé, vai lá - beijou meu rosto.
Selei nossos lábios e desci do carro, entrei sem tocar campainha, eu tenho as chaves. Como era segunda-feira, a emprega não vinha trabalhar, e pelo jeito o preguiçoso estava dormindo. Entrei de fininho no meu quarto, peguei as malas em cima do guarda-roupa e comecei a ajeitar todos os meus pertences dentro delas, isso demorou no minimo 30 minutos. Não iria deixar nada meu, naquela casa. Desci as malas uma por uma, até a sala, já pronta para ir embora.
XxXx: Lari?! - ouvi aquela voz nojenta, era a Paola.
Lari: Não, minha vó! - revirei os olhos.
Paola: O que você tá fazendo aqui? - perguntou, com um sorriso cínico.
Lari: Dá licença! O que VOCÊ tá fazendo aqui?! - a encarei.
Paola: Não te devo satisfações! - deu de ombros.
Lari: Muito menos eu! - dei o assunto por encerrado. Peguei a mala maior, e minha mochila, e levei até o carro. A Paola ficou observando, com cara de sonsa.
Cadu: Falta muito? - perguntou, enquanto guardava no porta-malas.
Lari: Só mais uma mala, e já vamos! - sorri de canto.
Voltei para dentro da casa, queria ir embora dali logo.
Bernardo: Lari! - me chamou, descendo as escadas.
Lari: O que tu quer?! - falei seca.
Bernardo: Quero te pedir desculpas! Eu te amo, maninha! - ele se aproximou de mim.
Lari: Não! - me afastei - Encosta! Não aceito e não quero, suas desculpas!

Ela subiu o morro 🩷Onde histórias criam vida. Descubra agora