Minha Ventania Favorita (Sanemi Shinazugawa & Naomi Tomioka)

7- Morar com o Sanemi?

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Naomi se aproximou dele e abaixou a sua frente.

- Mestre, pode me dizer por que fui chamada?

Kagaya sorriu: "Minha criança, você não será punida por sua omissão. Porém não poderá mais morar com seu irmão."

Ela piscou surpresa e olhou de relance para Giyuu, que evitava olhar para a mesma.

- Mestre... Eu imaginei que isso aconteceria, por me tornar a tsuguko do Shinazugawa, mas esperava não precisar exatamente. Eu... Gosto de morar com meu irmão. E não acho que Sanemi queira me acolher e...

A voz de Sanemi se fez ouvir:
- Eu mesmo exigi que você mudasse, Naomi. Assim como todos os outros tsuguko, você vai morar com seu tutor. No caso, eu. E como foi visto hoje, seu irmão não está nas melhores condições pra te instruir como uma verdadeira caçadora. - ele olhou com deboche e raiva contida para Giyuu.

Ela piscou um pouco surpresa, e olhou para Giyuu por um momento, recebendo um olhar neutro de sempre.
Naomi suspirou levemente:
- Tudo bem.

Kagaya sorriu de forma doce e acariciou os cabelos da garota:
- Quero que volte para me ver depois. Até mais tarde, minha criança.

Ela assentiu e saiu, sentindo o olhar dos outros a suas costas.

Tempo depois...

Mais tarde, depois de fazer sua mala, Tomioka ainda não havia voltado da reunião, e Naomi sentou na varanda da mansão da água, se sentindo estranha por ter que morar com Sanemi e deixar seu irmão.

Ela havia descoberto uma coisa durante os treinos diários e missões que foi com o novo tutor nos últimos dias: Ela precisava de seu próprio estilo de respiração.
Não sabia como deveria prosseguir.

Estudou todas as formas da respiração do vento, conseguia executar a primeira, a segunda e a terceira forma, com um pouco de dificuldade, mas foi um progresso ótimo, diante de todas as vezes que tentou as formas da água.

Porém ainda não se sentia confortável.
Sanemi não tinha dó da garota, e sempre era implacável nos treinos.

E ela adorava isso.
Antes seu irmão não era realmente rígido com ela, não cobrava fisicamente como Sanemi fazia. E era superprotetor, o que a irritava.

- Oceano? Tá sonhando acordada, irmãzinha? - Giyuu apareceu caminhando pelo portão, sorria levemente, tentando parecer otimista diante da situação, mas internamente queria que sua irmã continuasse ali.

O coração da garota se aqueceu, ela amava quando Giyuu a chamava de Oceano, pois o mar era uma das coisas favoritas dela, e também por que desejava ir conhecer a praia algum dia.
Porém ela sabia porque ele estava falando daquela maneira, pra tranquilizar.

Ambos queriam continuar unidos.

- Eu vou sentir sua falta. - ela o abraçou.
- Eu também vou sentir sua falta. Mas você precisa se concentrar, tá bom? Não deixe que o Shinazugawa te controle, você é tsuguko dele, não uma serviçal. Se cuide, saiba o que deve ou não fazer e usar debaixo do teto dele. E você sabe bem o que eu quero dizer.

- Giyuu, eu não estou louca ainda. Sei o que quer dizer, não precisa agir como meu pai. - ela sorriu e acariciou o rosto dele - Te amo, mano. Nos vemos em breve.

"Eu também te amo, pequeno oceano."

Ela se afastou levemente, pegou sua mala e saiu novamente. Agora deixando um Giyuu triste na varanda.

Enquanto isso...

Sanemi já estava em casa, havia preparado um quarto para a garota, deixado o jantar pronto, e preparado suas coisas para a missão que teriam naquela noite.
Mas eles não sairíam sem antes ter uma boa discussão.
Sanemi a faria ouvir.

Cerrou o punho, andando de um lado ao outro da varanda, vendo a noite cair.

O mesmo, havia enfaixado o ferimento de mais cedo, mas de forma atrapalhada. Ele não havia ligado, a garota iria chegar para arrumar em breve.

Assim que ela chegou, colocou a mala ao lado da porta, e parou na varanda, sem erguer o olhar para ele.

- Naomi, olhe pra mim.

Ela ergueu o olhar suspirando:
- Vamos direto ao ponto, você ficou bravo por que eu não me virei contra meu irmão, e decidiu me tirar de lá por que teoricamente ele não sabe como me ensinar e assim como eu protegeu a Nezuko. Eu falei com o mestre kagaya, ele me disse que eu não deveria ficar brava nem agir de forma rebelde, por que tinha muito o que aprender com você. Isso não quer dizer que vou me tornar sua cadelinha.

O olhar de Sanemi se suavizou levemente: "Você sempre foi esperta né? Mas antes de jantarmos para sair, por que encobriu seu irmão?"

Ela sorriu:
- Você entenderia se houvesse cumplicidade entre você e o garoto.

Sanemi sabia que Naomi estava se referindo a Genya, mas resmungou em resposta e entrou em casa, querendo mudar de assunto.

Ela suspirou, sabendo o quanto era complicado, e entrou atrás dele.

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