12- Você prometeu, garota idiota.

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- Eu já disse que vou levar ela pra casa!

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- Eu já disse que vou levar ela pra casa!

- Sanemi, ela não acordou ainda, e você não pode levar ela sem a permissão do Tomioka também.

Naomi ouviu conversas a tirando do emaranhado sonolento em que se encontrava.

Abriu os olhos, mas não viu ninguém no quarto em que estava. As vozes vinham do corredor ao lado.

O quarto aparentemente era um dos da mansão borboleta, e ao lado de sua cama havia uma espécie de aquário, com os dois tão conhecidos besouros que Sanemi gostava de cuidar.

Ela sorriu levemente e colocou o maior na palma de sua mão: "Casa... Finalmente em casa... Olá, pequenino."

Seu olhar correu um pouco mais minuciosamente sobre o cômodo: seu haori estava pendurado num canto, costurado em alguns lugares e com alguns remendos. Havia um tabuleiro do jogo favorito de Giyuu, organizado sobre uma mesa num canto, uma pilha de cartas estava na mesma mesa, havia flores num jarro na janela, e bolinhos de feijão quentinhos em um potinho perfumavam o ambiente.

- Ela é tsuguko de quem? Minha! Independente do que o Tomioka quer, eu prefiro levar ela pra casa! A recuperação vai ser melhor lá. Obviamente, eu não me importo com o que o Giyuu vai dizer, eu só quero que ela volte para a mansão em segurança! Entendeu agora, Kocho? - a voz de Sanemi soava quase como uma explosão irritada.

Shinobu tentava convencer ele a todo custo que Naomi logo acordaria, pois a garota havia passado dois meses em sono profundo, e mesmo com todas as melhoras físicas depois da luta, a mesma ainda assim não havia acordado.

E tudo isso deixava o Shinazugawa exasperado.

"Ela prometeu que voltaria." Ele pensava, no dia em que ela partiu, mas não sabia que alguns dias depois chegaria a notícia de que tanto ela quanto o pilar das chamas haviam sido gravemente feridos.

A luta se desenrolou de forma teoricamente justa entre os dois, mas Rengoku insistia para que a garota não se ferisse.

Ela era incrivelmente rápida, tanto pela sua respiração, que era veloz como um vendaval, quanto em seu físico ( pois mesmo que não ela não aparentasse força, era muito resistente).

Mesmo que ela não conseguisse ajudar corretamente, e sua cabeça a fizesse pensar que ela só estava atrapalhando, Naomi continuava, mesmo estando cansada.

Havia sido arremessada pelos golpes de Akaza ( que na verdade não mirava nela), duas vezes, o que resultou em uma perna e uma costela quebrada.

No momento em que Akaza superou as forças de Rengoku, Naomi previu o golpe que atravessaria o mesmo.

- Respiração... - ela ofegava, e os olhos estavam lacrimejando - do furacão... - se apoiava na própria katana - quarta forma... Vórtice dos ventos...

Foi como se o ar parasse, literalmente avançando como um furacão em alta velocidade, Naomi se interpôs entre eles.

Akaza congelou instantâneamente, parando o soco no ar, dando tempo suficiente para que ela desferisse uma série de golpes infinitos, juntando sua quarta forma da respiração do Furacão com a primeira, os golpes espiralados mesclados com o impulso impetuoso.

"Você vai ir direto pro inferno."

Ela sentia o coração palpitando, perdia o controle da respiração aos poucos, e seu haori e seu uniforme rasgaram em alguns lugares.

A garota havia cortado o rosto e a testa ao ser arremessada, e sua perna doía muito, além do cansaço e a falta de ar que tomava seu corpo.

Naomi perdeu a consciência aos pés de Rengoku no momento em que Tanjiro acertou sua katana a distância no oni, pois Akaza fugia do sol.

Rengoku, além de estar esgotado, estava ferido não só no rosto como no corpo, não havia sido tão gravemente graças a algumas das defesas de Naomi.

A garota tentou sentar na cama, mas sua perna estava apoiada numa pequena estrutura e presa numa tala, o que a impedia de levantar.

A discussão entre os dois hashiras do lado de fora se estendeu por mais alguns segundos, até Naomi gritar de dentro do quarto:
- EI! TEM COMO ALGUÉM TER A GENTILEZA DE ME AJUDAR?!?

Imediatamente a porta abriu, Sanemi e Shinobu entraram surpresos.

O albino disparou em direção a garota, sem dizer nada, segurou o rosto dela delicadamente com uma expressão preocupada e incrédula, olhando no fundo de seus olhos, a garota corou levemente e sorriu com orgulho: "Eu prometi que voltaria."

Shinobu tossiu levemente, chamando atenção para ela, fazendo ele soltar a Tomioka:
- Que bom que acordou, Naomi. Eu estava dizendo exatamente isso para seu "querido" sensei. Sabia que logo acordaria. Como está se sentindo?

- Ah Kocho, antes de qualquer coisa,como o senhor Rengoku está?

A hashira do inseto ajudou a garota a se sentar, alojando a perna dela em um travesseiro.

- O Kyojuro está em recuperação também, teve alguns ferimentos e perdeu parcialmente a visão de um dos olhos, mas de acordo com ele e os outros caçadores ele só não se feriu mais graças a você. Mas não sabemos se ele vai continuar no posto ou se vai se aposentar. Ele está decidindo ainda.

A Tomioka corou levemente e sorriu: " Eu só fiz o que foi preciso, na verdade, eu deveria ter matado aquele Oni maldito."

- Mas não mude de assunto, como se sente?

- Ah, eu tô me sentindo... Dolorida. E minha perna tá doendo um pouco. Acho que... Só isso. Mas por algum motivo eu ainda me sinto cansada...

Sanemi estava com uma expressão irritada, e se virou para shinobu: "Eu preciso falar com ela."

A hashira saiu em seguida e fechou a porta.

Naomi, agora sentada na cama, olhava para o Shinazugawa com um pouco de nervosismo.

- Você ficou exausta devido o uso da sua respiração. Naomi, você me mostrou e aperfeiçoou comigo apenas três formas da sua nova respiração, mas o Kamado relatou que viu você usar quatro durante a luta. - Sanemi estava na poltrona ao lado da cama. - Só vou perguntar uma vez: que porra foi essa? Primeiramente, você escondeu de mim seu progresso, usou algo arriscado numa missão perigosíssima, e ainda por cima deixou seu corpo em exaustão. Eu tive que suportar calado esse meses em que você estava em coma, esperando explicações pra todas as perguntas que foram deixadas no ar por você, Naomi Tomioka. Você não sabe o que me fez sentir!

Naomi desviou o olhar, se sentindo culpada, mas ele levantou da poltrona e ergueu o queixo dela antes de sussurrar de forma irritada: "Fico feliz que você acordou. Você me assustou garota."

A garota corou violentamente, seus olhos azuis brilharam.

Repentinamente, Sanemi deu um beijo em sua testa.
Um beijo suave, mas embaraçado, que a fez corar ainda mais:
- O que...?

"Você fez isso antes de sair aquele dia, só estou retribuindo o gesto. Garota idiota."

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Minha Ventania Favorita (Sanemi Shinazugawa & Naomi Tomioka)Onde histórias criam vida. Descubra agora