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Mia

Festa e eu, não somos uma boa combinação.

Não foi quando desobedeci mamãe e sai do meu quarto para sala, enquanto ela comemorava seu aniversário com alguns amigos e o namorado da vez. Não foi quando só havia se passado uma semana desde que Dick, me trouxe para morar com ele. Nem no baile de boas-vindas da escola em meu primeiro ano. Muito menos na festa de aniversário surpresa de Tristan ano passado, e olha que foi um engano.

Nunca me dou bem em festas!

Ou sou arrastada até a dispensa e quase sendo violentada por um cara aleatório aos seis anos, ou apanho da garota bonita na nova casa e suas amigas, ou tenho lixo despejado sobre mim pela mesma garota bonita, ou sou trancada em um armário escuro até o dia amanhecer. Não termina bem!

Então, não deveria ser uma surpresa o que acaba de acontecer. Na verdade, nem deveria estar aqui. Maldita hora! Tudo se torna duplicado. Tudo mesmo. Minhas mãos que empurram as portas do banheiro podre, a podridão do lugar e as alucinações. Para mim, vem como um espiral colorido, que rodopia sem parar. Meus dedos, agora, longos, mas ainda sim insuficientes para trazer o vômito a minha bile e varrer a maldita porcaria que aquele maldito filho da puta havia posto em meu copo de plástico vermelho, não ajudam muito. Merda, era apenas água!

Antes que perca a consciência, puxo meu celular. O primeiro nome que surge é o Dick, mas ele não está aqui, então preciso recorrer há quem menos desejo e sequer faço ideia se virá.


...
Horas antes...

— Melhorem essas caras! — Leah ordena, quando Denzel e eu temos nossos braços cruzados e olhar feio enquanto observarmos ao redor. Onde estava com a cabeça para vir parar em um lugar como esse? Era uma festa insalubre, em um lugar ridículo com um monte de estranhos bêbados, no mínimo — Não estamos em um funeral!

Denzel sorrir ladino.

Até imagino o motivo.

— Já fomos em funerais bem melhores que essa merda.

Não acredito que isso aconteceria alguma dia na minha vida, mas, ocorre. Concordo com Denzel.

— O de Shay, que diga.

Denzel bate as mãos, concordando e relembrando com alegria e entusiasmo. Eu me dava bem com Shay.

— Quando eu morrer, não aceito nada menos que aquilo — Denzel praticamente exige, pelo tom de suas palavras.

Leah mal pode acreditar.

Dou de ombros.

— Vocês definitivamente são estranhos. Bizarros! — ainda está incrédula. Denzel a puxa para perto e beija sua bochecha, pegando o canto de sua bochecha. Isso me recorda... Não, não, não! — Vamos dançar? — ela sugere, mas olhando para mim.

Suspiro.

De jeito nenhum.

— Já vim até aqui. Só isso terá de mim.

Ela bufa.

— Eu disse para deixarmos Realeza em casa — Denzel resmunga, me olhando feio.

Sua careta de desgosto me recorda o motivo de eu não ter ficado na casa e preferido vir até aqui com eles. A sexta não passaria em branco na fazenda, e seriam várias caretas de desgosto que eu estava querendo evitar. E do jeito que andava minha sorte, era capaz de eu precisar sair do meu quarto, ou, aquele bastardo ir até lá.

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