Capítulo 13 Cicatrizes que o tempo não apaga

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O médico se aproximou ainda mais e, com uma frieza perturbadora, sentou-se ao lado de Even no banco de madeira da igreja. A presença dele era esmagadora, como uma sombra ameaçadora que se estendia sobre ela. Ele olhou para ela com um sorriso sarcástico enquanto se ajeitava, sua mão ainda segurando a agulha.

— Parece que viu um fantasma. Achou mesmo que aquilo me matou? — comentou ele, com um tom de deboche na voz.

Even estava paralisada pelo medo, suas mãos tremiam enquanto seus olhos se fixavam na agulha.

Ele então apertou levemente a bochecha dela, um gesto de condescendência que parecia desprovido de qualquer empatia genuína.

— Você sempre foi a minha "Pequena Estrela" — acrescentou, usando o apelido que havia dado a ela durante os dias sombrios na instalação.

O toque da mão dele na bochecha de Even era frio e impessoal, e a lembrança dos dias tortuosos fez com que lágrimas começassem a escorregar pela face da garota. O médico observou cada lágrima com uma expressão que mesclava interesse e indiferença.

— Querida — ele começou com uma voz melosa e irônica, — Você sempre foi tão sensível. Tão reativa.

Even conseguiu encará-lo, o terror estampado em seu rosto. — Não me chame de querida — ela conseguiu dizer, a voz quase um sussurro tremido.

O médico inclinou a cabeça, um sorriso cruel se formando em seus lábios. — Ah, não? Vamos ver como você reage a isso. — Ele levantou a agulha, posicionando-a ao lado do braço de Even com um movimento lento e deliberado. A ponta da agulha tocou a pele dela, mas não entrou. O simples contato fez a pele de Even se arrepiar e seu coração acelerar ainda mais.

Ele observava atentamente a reação dela, e a visão do medo nos olhos dela parecia quase satisfatória para ele. Mesmo com a agulha apenas encostando, a tensão no corpo de Even era palpável. O médico começou a rir, um riso baixo e desconcertante que ecoava na pequena igreja vazia. Era um som de desprezo e malícia.

— Oh, querida Even — ele continuou, ainda rindo. — Você realmente pensa que pode escapar das garras do que foi feito a você? — Ele voltou a agulha para o colo, como se fosse uma simples ferramenta, um objeto de seu jogo.

Even estava completamente paralisada, seu corpo tremendo enquanto tentava lutar contra o pânico que a envolvia. A visão da agulha, o riso do médico, tudo contribuía para um sentimento de desesperança crescente. O fato de que ele estava usando sua presença para a tortura psicológica era um ataque duplo, e a sensação de impotência era esmagadora.

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