Ela escutava isso ao longo dos seus dias naquele lugar. "Iniciar os testes em 001," diziam os médicos, preparando-se para mais um dia de experimentos. "Aumente a dose desta vez, precisamos de resultados," ordenava um deles, sem compaixão. "Certifiqu...
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Salmos 42:5 "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença."
Emma observou Even comer em silêncio, os movimentos da garota eram cautelosos, como se cada garfada fosse uma decisão ponderada. A luz suave da manhã entrava pela janela, banhando a cozinha em um calor acolhedor, mas a atmosfera estava carregada de tensões não ditas. Even parecia presa em um turbilhão interno, seus olhos azuis focados no prato, mas sua mente longe, lutando contra as vozes que a assombravam.
Depois de alguns minutos, Emma decidiu que era hora de agir. Ela se aproximou e passou a mão suavemente pela cabeça de Even, uma demonstração de afeto que buscava conforto tanto para a garota quanto para ela mesma.
— Vou resolver algumas coisas, tá bom? — disse Emma, tentando soar leve. — Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar.
Emma deixou a cozinha e se dirigiu à sala, seu coração pesado enquanto pensava em sua próxima ação. Ela precisava de ajuda, de alguém que pudesse entender melhor a situação. Foi então que decidiu ligar para Rick. Ele sempre foi uma presença calma e ponderada, alguém em quem ela podia confiar.
Pegou o telefone e começou a ligar.
— Alô? — a voz de Rick veio do outro lado da linha, clara e direta.
— Oi, Rick. É a Emma. Você tem um momento?
— Claro, o que aconteceu? — Ele imediatamente percebeu o tom de preocupação na voz dela.
— É sobre a Even. — Ela hesitou, lembrando-se das palavras da garota. A voz, a ameaça, a insegurança… — Ela… ela mencionou uma voz que a está atormentando. Uma voz que diz que vão encontrá-la de novo.
Um silêncio pairou na linha por um momento, como se Rick estivesse absorvendo a gravidade da situação.
— Entendo. — Ele finalmente respondeu, sua voz agora tingida de seriedade. — Ela já havia mencionado algo antes?
— Não, isso é novo. — Emma balançou a cabeça, mesmo sabendo que ele não poderia vê-la. — Eu sinto que ela está realmente assustada, Rick. O que eu faço? Você pode vir aqui e vê-la? Preciso de alguém que possa ajudá-la a lidar com isso.
— Estou a caminho. — A resposta de Rick foi imediata, decidida. — Vou fazer o possível para chegar o mais rápido possível.
— Obrigada, Rick. Eu… não sei o que fazer, mas preciso que ela saiba que não está sozinha. Que tem alguém que se preocupa.
