Capítulo 18 Descanso negado

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21/08/2049

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21/08/2049

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O quarto de Even estava imerso em silêncio. A luz suave do abajur na mesa de cabeceira lançava sombras suaves pelo ambiente, destacando os contornos delicados de cada objeto. Joyse dormia pacificamente na cama ao lado, o rosto relaxado em uma expressão serena. Observá-la assim fazia Even se sentir um pouco mais segura, como se por um breve momento ela pudesse fingir que era apenas uma adolescente comum, parte de uma família que se importava com ela.

Mas, em sua mente, a guerra nunca cessava.

"Eles vão te encontrar. É só uma questão de tempo."

A voz em sua cabeça sussurrava com uma familiaridade cruel, como um amigo traiçoeiro que ela não conseguia se livrar. O timbre era baixo, quase gentil, mas carregava uma promessa de ruína. Even esfregou as têmporas, sentindo a dor de cabeça latejar em sincronia com cada palavra pronunciada.

"Você acha que pode enganá-los? Que pode se esconder aqui, brincando de casinha? E quando eles descobrirem o que você realmente é?"

— Cale a boca — murmurou Even para si mesma. Mas a voz continuou, como se não tivesse ouvido.

"Eles não vão pensar duas vezes antes de te entregar. São uma família comum, Even. Não são como você. Nunca serão. Você é só um risco.

Even sentiu um frio se espalhar pelo corpo. A voz sabia como perfurar suas defesas, como mexer com suas inseguranças mais profundas. Tentou ignorá-la, focando-se na respiração calma de Joyse. Era só um sussurro, nada além de um reflexo dos horrores pelos quais passou. Mesmo assim, cada vez que a voz ressurgia, ela se sentia mais frágil.

"Você é a culpada pela morte dela, sabia? A Amy morreu por sua causa. Você não pôde salvá-la. E agora quer se esconder aqui, fingindo que nada aconteceu?"

A menção ao nome de Amy foi um golpe forte. Even sentiu o ar fugir dos pulmões. A imagem da mulher de jaleco branco, cabelos ruivos e olhos sempre cheios de compaixão, surgiu em sua mente. Amy tinha sido uma exceção naquele lugar sombrio. Uma luz que, mesmo fraca, havia tentado ajudá-la. E ela... falhou. A dor daquela lembrança queimou como um ferro em brasa.

As lágrimas começaram a se acumular nos olhos, mas Even segurou. Não ia ceder. Não agora. Foi quando uma batida na janela quebrou o turbilhão de pensamentos. Instintivamente, ela virou a cabeça na direção do som, o coração acelerado.

Vega flutuava do lado de fora, seu corpo metálico reluzindo levemente sob a luz da lua. Ele se moveu suavemente, indicando o telhado com um leve movimento da cabeça. Sem pensar duas vezes, Even se teleportou.

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