Capítulo 25 É aqui que deixo a minha liberdade ?

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Assim que entraram na nave, Erez foi direto para o painel de controle, deixando o ambiente silencioso enquanto ligava os sistemas

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Assim que entraram na nave, Erez foi direto para o painel de controle, deixando o ambiente silencioso enquanto ligava os sistemas. As luzes frias da nave acenderam, e o som mecânico de motores se ativando preenchia o ar. Hadeus, sem se importar com o trabalho de Erez, agarrou o braço de Even e a arrastou para a cozinha da nave, um lugar pequeno e funcional, com cadeiras e uma mesa metálica no centro.

— Senta aí — ordenou Hadeus, empurrando-a na direção de uma das cadeiras próximas à mesa. Sua voz era áspera, o tom impaciente.

Even olhou para ele com desconfiança, mas sentou-se. O peso das algemas da flor da morte era algo que ela não conseguia ignorar. A energia sendo sugada lentamente de seu corpo a deixava tonta, seus movimentos pesados. Ela se ajeitou na cadeira, tentando manter a compostura.

Hadeus foi até os armários metálicos da cozinha, abrindo portas, pegando ingredientes simples. Ele trabalhava em silêncio, sem sequer olhar para ela, mas Even o observava com curiosidade. Ele pegou uma panela, água, e começou a preparar algo que parecia uma sopa. O cheiro leve começou a se espalhar pela pequena cozinha, e isso fez Even franzir o cenho. O que ele estava fazendo?

Hadeus parecia concentrado demais em sua tarefa, o que a deixava desconfiada. Assim que a sopa começou a ferver, ele pegou uma tigela e despejou um pouco da mistura dentro, colocando-a sobre a mesa, bem na frente de Even. Ela olhou para a tigela, depois para ele, confusa.

— Come — disse ele, a voz baixa, sem a mesma agressividade de antes. Ele puxou uma cadeira, sentando-se à frente dela, cruzando os braços enquanto a observava.

Even arqueou uma sobrancelha. Estava surpresa com aquele gesto, e isso a deixou ainda mais desconfiada. O homem que a algemou, que estava ali para interrogá-la, agora lhe oferecia comida?

— O que você está fazendo? — perguntou ela. Ela não moveu um dedo para tocar a tigela, seu olhar fixo no dele.

Hadeus respirou fundo, como se não tivesse paciência para aquela pergunta.

— Você não vai conseguir se manter de pé por muito tempo se não comer algo — disse ele. — Não quero que você desmaie antes de me dizer o que preciso saber.

Even riu, mas foi um riso amargo, de pura ironia.

— E você acha que vou comer só porque você está me oferecendo? — respondeu, os olhos estreitando enquanto encarava o homem à sua frente.

Hadeus a observou por um momento, seus olhos passando pelos pulsos de Even, marcados pelas algemas, antes de responder.

— Pode não acreditar em mim, mas... não tenho interesse em te matar, pelo menos não agora. — Ele empurrou a tigela levemente na direção dela. — Vai precisar de forças se quiser continuar jogando esse jogo.

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