CAPÍTULO 5

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HERMIONE

A hiperventilação obrigava meus pulmões a puxar profundamente o ar, enquanto tentava digerir o que de fato aconteceu

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A hiperventilação obrigava meus pulmões a puxar profundamente o ar, enquanto tentava digerir o que de fato aconteceu. Eu não sabia nem o que sentir, se era raiva, choque, ou algo mais profundo e inominável sem definição. As coisas haviam fugido completamente do meu controle, e agora, mais do que nunca, eu sentia que estávamos à beira de uma guerra pessoal.

Com um impulso desesperado, eu saí da biblioteca, ainda atordoada, mal registrando se havia alunos nos corredores ou com o tempo lá fora. Tudo ao meu redor parecia um borrão indistinto. Menos ele ao longe. Eu apressei os passos indo atrás dele com tanta raiva que minhas mãos tremiam levemente, disposta a mostrar que ninguém poderia me intimidar de tal maneira. Eu teria feito isso, se não fosse por Snape e Dumbledore, que apareceram no fim do corredor, cruzando com Malfoy antes de virem em minha direção.

Desejei boa noite, as palavras saindo de maneira forçada, e passei rapidamente por eles, meus pés pesados no chão de pedra. Passei por eles rapidamente, dobrando a esquina e correndo em direção à escadaria. Quando olhei para baixo, tentando encontrar Malfoy, claro, ele já havia sumido.

Parti dali furiosa de volta à biblioteca. Eu não ia para a monitoria, não poderia me responsabilizar pelos atos e anseios que penetrava minha mente, cada uma imaginando Malfoy numa ala hospitalar. Sob a penumbra segui rumo à ala proibida, não tendo problemas no acesso restrito, e vaguei pelas estantes, capturando livros mais antigos cujo trazia-me algum interesse.

Coloquei os sete selecionados na minha bolsinha de contas, e apartei-me  diretamente à torre da grifinória. Não dormiria até encontrar qualquer coisa para reverter o que ele lançou. Malfoy me pagaria caro.

A simples menção do nome dele na minha mente já fazia meu estômago revirar de ódio. Será que algum deus divino, ou talvez até Merlim, estava me castigando? Quem sabe fosse por ter desejado empurrar Lilá Brown da torre de Astronomia na última aula. A imagem me arrancou um sorriso amargo, mas não deixei a mente se perder demais nos devaneios.

O retumbar do relógio ecoou, e eu perdurei seguindo em frente, observando o aglomerado de alunos grifinórios envoltos em murmúrios adentrar o salão comunal, o que me fez frear os passos, e aguardar todos entrarem, para poder ir depois. Esbarrar com Gina, ou Harry, era a última coisa que precisava. Sabia que era errado ignorar ambos, no entanto, não podia iniciar nenhum assunto, pelo menos até poder me acalmar.

Assim que o último aluno entrou, retomei o andar, passando pelo retrato da Mulher-Gorda, indo em direção às escadas. Todavia, o barulho bastante familiar de estalos molhados me fez virar o rosto para o lado, notando Rony e Lilá se beijando no sofá, com ela no colo dele. Foi como uma facada; a barriga gelou desconfortavelmente. Pronto, estava preparada para meu funeral.

Rony, imediatamente percebeu minha presença, empurrando lentamente Lilá de cima. A mesma expressão de culpa e orgulho, típico dele.

— Hermione.... eu pensei que.... estaria na monitoria.

PROIBIDO || DRAMIONEOnde histórias criam vida. Descubra agora