CAPÍTULO 4

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DRACO

Quais eram as chances de algo assim acontecer? Conviver com a Srta

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Quais eram as chances de algo assim acontecer? Conviver com a Srta. Sabe-Tudo durante as patrulhas noturnas... A mera ideia parecia tão absurda que jamais teria cruzado minha mente. Mas, ironicamente, essa era a nova realidade que eu seria forçado a enfrentar. Ela e eu, lado a lado, percorrendo os corredores de Hogwarts noite após noite.

A inquietação crescia em mim à medida que o perigo de ela descobrir meus verdadeiros propósitos se tornava mais real. Apesar de meus feitiços e dos aliados prontos para agir, subestimar a inteligência afiada de Granger seria um erro fatal. Sua perspicácia era lendária, e eu teria que pisar com extrema cautela. Qualquer desvio, qualquer suspeita levantada, e ela correria direto para Potter com suas descobertas. Nada a deteria.

Enquanto seguia pelo trajeto que me levaria às masmorras, a mente fervilhava com possíveis desculpas, tramas, qualquer coisa que pudesse convencer Minerva a reverter essa decisão insana. Precisava me livrar desse tormento, da tortura que seria vagar pelos corredores com Granger. E ainda havia o feitiço marcado em seus lábios. E Snape... Snape nunca permitiria que algo tão arriscado passasse despercebido. Ele sabia tanto quanto eu que manter os holofotes longe de mim era essencial.

Fui direto à sala de Snape, e fiquei sentado numa cadeira, enquanto balançava a perna, tentando dissipar a crescente ansiedade que me dominava. Fiquei alguns minutos esperando, antes dele surgir abrindo a porta e me encarando sem humor nenhum.

— Malfoy — disse ele, sem preâmbulos, o tom cortante como uma lâmina afiada. — O que o traz aqui? Imaginei que você não precisasse de uma babá.

— Preciso discutir essa... atribuição que a Professora McGonagall me deu. As patrulhas noturnas com Granger... Não acho que seja a melhor ideia.

Os olhos de Snape se estreitaram ligeiramente, como se já tivesse antecipado minha visita.

— E por que, exatamente, acredita que não seja uma boa ideia? — perguntou ele, a voz carregada de ceticismo.

— Ela é astuta demais — respondi, escolhendo as palavras com cuidado, tentando manter um tom controlado. — Não posso arriscar que ela descubra certas... coisas. Preciso que o senhor interfira, que fale com McGonagall. Convença-a a me tirar dessa tarefa.

Snape permaneceu em silêncio por um momento, observando-me com uma expressão impenetrável. Então, com uma calma desconcertante, ele deu as costas e começou a reorganizar alguns frascos em uma prateleira próxima.

— Não — respondeu ele finalmente, simples e direto, como se a questão estivesse encerrada.

Senti a raiva começar a borbulhar dentro de mim, a frustração atingindo o pico.

— Como assim, não?! — exigi, o tom se elevando contra minha vontade. — Sua lealdade à minha mãe...

Snape se virou abruptamente, os olhos negros faiscando de impaciência.

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