CAPÍTULO 6

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DRACO

— Ela o quê? Você deixou que ela te desestabilizasse? — Zabini bufou, rindo da explicação que eu havia dado

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— Ela o quê? Você deixou que ela te desestabilizasse? — Zabini bufou, rindo da explicação que eu havia dado. — Não era você quem estava se gabando?

— Foi diferente. Dessa vez, ela... não segurou a língua! — defendi-me, afrouxando a gravata que apertava meu pescoço enquanto caminhávamos em direção à aula de Herbologia. Na noite anterior, após o episódio desagradável com Hermione, passei horas na sala precisa, saindo apenas na manhã seguinte, sonolento e consumido pela raiva. A frustração aumentou ainda mais quando fui chamado por McGonagall antes mesmo de conseguir desabar na cama. — E agora recebi um ultimato para colaborar com ela! — respirei fundo, lançando um olhar pesado para a Miss Sabe-tudo à frente.

Zabini seguiu meu olhar e riu mais uma vez.

— Olha, tenta uma abordagem diferente. Sério, você parece prestes a lançar um Avada Kedavra nela! E, convenhamos, desde o café da manhã, ela não trocou uma palavra com o Potter. Repara, está completamente afastada deles — ele gesticulou na direção dela, que conversava com a professora, alheia ao caos ao nosso redor.

Prestei atenção, procurando entre os alunos até encontrá-la do lado da professora, distante de Harry e Rony. Interessante.

— E daí? — franzi a testa, diminuindo o ritmo. — Você quer que eu a seduza ou algo assim? — fiz uma careta de desgosto.

— A ideia não é tão absurda — disse ele, com um sorriso malicioso. — Imagine a Granger desconcertada com um beijo, e mais, evitando-o, toda envergonhada.

Parei de repente, com a testa franzida, incrédulo.

— Não, não. Já pensei nisso, mas a lealdade dela pesa mais que qualquer coisa.

— Ela é uma garota, Draco — retrucou ele, batendo levemente no meu ombro, me fazendo seguir em frente. — Use seu charme. A verdade é que ela não saberá como reagir. Vocês dois só conhecem a explosão; não seria hora de explorar novos caminhos? Se a sua missão é tão importante, duvido que isso atrapalhe.

Ou fosse a insônia, ou cansaço, eu simplesmente infiltrei aquilo na cabeça.

— Ei, os dois — Pansy nos chamou, a turma entrando na estufa. Submerso naquele conselho, eu os segui focado novamente na ideia, adentrando a estufa. Ali, o ar estava quente e úmido, carregado com o aroma terroso das plantas e um leve toque floral que flutuava no ambiente. A luminosidade do tempo cinzento filtravam-se através das paredes de vidro, ressaltando o chão de pedras e destacando as folhas verdes e brilhantes que cresciam em abundância.

As prateleiras de madeira estavam repletas de vasos de todos os tamanhos, com plantas exóticas e flores de cores vibrantes, algumas até emaranhadas em trepadeiras que se penduravam dos suportes. Segui até a extensa mesa, ficando ao lado de Zabini, com Pansy do meu lado esquerdo. Não pude resistir, e encarei ela focada na flor no jarro. Hermione jazia tão calada, tão estranha, que ergui a sobrancelha, intrigado.

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