Em uma segunda qualquer, me pego pensando se um dia me olharam com a lente que tenho na cabeça. Sendo sincera, não sei se gostaria que me vissem com elas, não sei se sou minha melhor companhia. No entanto, sinto uma imensa vontade de me ver nos olhares alheios e descobrir o que eles veem que os faz desistir de mim, sem ao menos me conhecer direito. Queria me abrir mais para que me conhecessem em uma única vista, porém sou intensa demais para ser tão facilmente diluída. Bato na boca toda vez que desejo ser mais simples, pois uma das poucas coisas que me agradam é a minha intensidade em amar as coisas, enxergar cada ser como único e viver profundamente as coisas que minha calmaria me proporciona. Ninguém entende como uma música me direciona para um espaço seguro onde eu posso girar, dançar e gritar em uma face tão verdadeira que apenas uma parte minha conhece. Em como me sinto tão amada quando um animal se encolhe no meu abraço, em como gosto de ouvir a risada de uma criança para mim e fazer as pessoas alegres com pequenos gestos. Só não sei mostrar minha intensidade e qualidades para os outros. O medo de não agradar me segura de maneira cruel e, ao invés de acolher minha estranheza, me condeno por ser assim. Uma sensação de um animal encolhido em um canto machucado esperando alguém ter cuidado para se aproximar.
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One shot L:(VE
RandomFalta-me inspiração para escrever histórias longas que sejam completas :) Talvez um dia eu escreva uma longa história ou continue um "one shot"... Espero que embarquem nessa superfície rasa comigo e não se afoguem
