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Madelaine.

Minhas mãos se mexiam de nervosíssimo, sentia minhas bochechas tremerem contra a minha vontade cada vez que olhava para a janela e meus pés sapateavam sozinhos em um único espaço. Decido me mexer antes que desistisse por completo, pensando em pós e contras enquanto circulava pelo quarto em busca de um casaco que me trouxesse um pouco de confiança. Pego minha bolsa despejando tudo que parecia necessário, tranco a porta e desço depressa as escadas até a portaria.

- Não sei por que ainda espero alguém aqui.

A portaria andava quase sempre vazia com o passar do tempo, assim como o número de moradores que diminuíam todos os meses. Era um prédio velho em péssimas condições, com a maioria dos moradores tento mais de 80 anos e uma baixa expectativa de vida. Estava começando uma nova faculdade, sem condições financeiras para um lugar bom e das minhas poucas opões o "brokln" era um dos mais habitáveis para humanos.

Semana passada minha vizinha de frente morreu enquanto gritava com o vizinho de cima pelos barulhos altos, nunca havia falado com ela e acho que meu medo dela foi minha salvação para não torna essa experiência ainda mais traumática. O caminho era comum, conhecia as barraquinhas que tinha perto e até mesmo me acostumei com o horário de passeio das crianças. A cafetaria era perto do prédio, tinha bons preços e era um dos poucos lugares que poderíamos socializar calmamente. Havia feito amizade com o atendente, então sempre recebia meus pedidos rapidamente e com meu nome correto.

- Boa tarde, Jug!!! - Cumprimento o atendente encostando no balcão. -

- Achei que demoraria mais para voltar aqui.

- Também achava isso. - Respondo. -

A porta foi aberta por uma morena coberta de casacos que olhava com atenção o espaço, levanto um braço para que pudesse me localizar e puxo o banco para trás para que ela pudesse senta-se.

- Me desculpe pelo atraso. - Respondeu se sentando e encarando o menu. -

- Você não demorou tanto, havia acabado de chegar.

- Gostaria de dois cappuccinos. - Veronica, falou enquanto ainda ajeitava sua bolsa na cadeira. -

- Ela não mudou nada. - Ele sussurrou ao chegar perto de mim. -

- Só ignore. Eu preciso desse emprego para continuar pedindo cafés aqui - Falo silenciosamente para que ele pudesse ler por leitura labial. -

Ela finalmente havia conseguido se organiza e estava me olhando com curiosidade.

- Viajei da Inglaterra até aqui só para essa entrevista. Espero que meu tempo valha a pena essa tarde.

- Tenho certeza que não irá se arrepender!

Pego meu currículo que estava enrolado para que coubesse na bolsa e entrego para que a mesma pudesse ler.

(...)

Não sabia como havia chegado a praia e nem como conseguir convencer eles a me acompanharem. O vento bagunçava nossos cabelos de forma divertida, as cervejas se batiam a cada novo brinde que Ronnie inventava e estávamos cada vez mais colados.

- Como funciona o esquema de levantar o dedo a cada xícara de chá e usar chapéus todas as manhãs?

- Não funciona assim. - Ron deu um tapa de leve no braço de Jughead. - Não tenho companhias divertidas como essas, porém o lado bom é que não preciso conversar uma tarde inteira em um velho sofá.

- Meu sofá não é tão velho assim. - Retruco. -

Nossas mãos se encostaram e ficávamos mais sorridentes a cada gole que transformava aquela sensação única ainda mais especial. Deitei minha cabeça no ombro de Jug e segurei a mão de Veronica, meu sorriso aumentava cada vez mais que trocava olhares com ambos.

- Parece que não morreremos tão sozinhos assim. - Sussurramos aos mesmo tempo. -

One shot L:(VEOnde histórias criam vida. Descubra agora