Eu tinha acabado de colocar a pipoca no micro-ondas quando escuto a porta se abrir. Alejandro sempre tinha aquela entrada despreocupada, como se já fizesse parte do ambiente. Ele era assim - uma mistura entre invasão e conforto. A cada vez que cruzava a minha porta, eu sentia o coração bater um pouco mais rápido, mas disfarçava. Amizade com benefícios... Era o que combinamos, e eu deveria seguir as regras.
- Já chegou? - pergunto, virando-me na direção da entrada.
- Saudades de mim, já? - ele responde com um sorriso de canto, jogando a mochila no chão e se jogando no sofá como se estivesse em casa. E, de certo modo, estava.
Eu reviro os olhos, tentando parecer indiferente, mas a verdade é que sua presença sempre acendia algo dentro de mim. Caminho até o sofá com a pipoca nas mãos e me sento ao lado dele, entregando a tigela. Alejandro pega um punhado e me olha com aquele olhar que faz com que eu me sinta vulnerável demais.
- Que filme a gente vai ver hoje? - ele pergunta, mas sei que, no fundo, ele não liga. A maior parte do tempo, acabávamos nem prestando atenção no que passava na TV.
- Escolhi um suspense dessa vez. Espero que você consiga acompanhar - respondo com um tom desafiador.
Ele dá um leve riso, aquele riso rouco que eu conhecia bem demais. - Você me subestima, S/N.
- Só estou dizendo... - começo a falar, mas minha voz morre quando ele estica o braço no encosto do sofá, ficando perigosamente perto de mim.
O filme começa, e por alguns minutos, conseguimos nos concentrar. Ele mexe na pipoca, eu tento manter os olhos na tela, mas estou ciente de cada movimento dele, do modo como ele se ajeita no sofá, do calor do corpo dele que irradia ao meu lado. É difícil não notar. É difícil fingir que somos só amigos.
- Está com frio? - Alejandro pergunta de repente, e antes que eu possa responder, ele pega uma manta que estava jogada no braço do sofá e a coloca sobre nós dois.
O calor aumenta. Mas não é por causa da manta. A proximidade entre nós é sufocante, mas não da maneira ruim. Eu sinto a respiração dele mais lenta, e então, sem pensar muito, eu me inclino um pouco, quase que por reflexo. Talvez eu só esteja procurando um pouco mais de conforto, ou talvez seja algo mais.
- Você está distraída, S/N - ele sussurra no meu ouvido, como se tivesse lido meus pensamentos.
- Não estou - minto, mantendo os olhos na tela. Mas ele já sabe. Ele sempre sabe.
Então, sinto sua mão tocar suavemente minha perna, como um teste. O filme continua rolando, mas já não faz sentido. Meu foco agora está completamente em Alejandro. Ele não pressiona, só mantém a mão ali, deixando que o calor da pele dele se espalhe. Eu deveria resistir, mas já passei da fase de tentar fingir que posso evitar o que sempre acaba acontecendo.
- Você vai ficar quietinha o filme todo ou vai me dizer o que está passando pela sua cabeça? - ele provoca, agora mais perto.
Eu suspiro. Não sei por que ainda tento jogar esse jogo. - Talvez... eu só esteja esperando você fazer o primeiro movimento.
Ele ri de novo, e dessa vez há algo mais nesse riso. Alejandro sempre gostou de ser desafiado. Ele se inclina até nossos rostos estarem a poucos centímetros de distância.
- Você sabe que eu sempre faço, S/N.
Minhas palavras morrem na garganta quando ele aproxima os lábios dos meus, mas não me beija de imediato. Ele gosta de prolongar isso, criar uma tensão, como se soubesse o efeito que tem sobre mim. E eu odeio o quanto gosto disso.
Finalmente, os lábios dele encontram os meus. É suave no começo, como sempre, mas logo se transforma em algo mais intenso. Alejandro sempre foi assim, uma mistura de gentileza e urgência. E eu me perco nisso, como tantas vezes antes.
O filme? Esquecido. As regras? Abandonadas.
Ele é o meu momento de fraqueza, e eu sou a dele.
Alejandro toca minha coxa, e sinto minha pele arrepiar de imediato. - Me deixe te tocar, S/N. - sussurra em meu ouvido, dando até leves mordidas na área. É claro que não iria recusar, havia um magnetismo irresistível entre nós dois. Ou seja, era predestinado e inevitável.
- Eu deixo, Alejandro. - O puxo para um beijo selvagem e imerso de devoção. O Argentino me deita no sofá e fica por cima de mim. Quando termina de me beijar, um sorriso malicioso ameaça brotar em seus lábios. O mesmo se senta e fico com cara de paisagem o olhando.
- Tira a Roupa. - ordena rouco, não evitando o nosso contato visual. Prontamente faço o que ele ordena e Alejandro solta um sorriso maléfico. - Abre as pernas para mim. - Agora compreendi que estava no controle da situação, mas não deixei transparecer. Fico com as pernas abertas sentada no sofá, e Alejandro se ajoelha para minha pessoa. O nervosismo já tomava conta. Mas quando menos percebi, ele já tocava meu clitóris.
Gemi alto com o atrito logo no primeiro segundo. Ele beliscava e brincava com o mesmo, me deixando á beira da loucura. Agora estava fora de minha pessoa, tudo o que eu queria era que Alejandro acabasse comigo, nem que fosse naquele sofá minúsculo. - Não para, Garnacho... - Grunhi, tombando a cabeça para trás. E o Argentino parecia se divertir com a cena.
O prazer toma conta de minha pessoa. Percebo que chegarei ao meu ápice, e quanto mais a dor aumentava, os gemidos eram mais altos.
Chego ao meu ápice, e gemo com o impacto logo de imediato.
Viro minha cabeça, e Alejandro já está tirando suas roupas. Observo maliciosa seu íntimo, que já estava pulsante. Para me provocar, ele toca o seu falo em minha frente, percebo-me salivar com a cena. - Me deixa te tocar, amor... - imploro, não saindo do sofá. Queria que ele fosse até mim.
- Não. - Ele vocifera, continuando a tocar a sua glande. - Não se levante, S/N. - ordena. Tudo o que Alejandro faz naquele exato momento me excitava, me seduzia de uma forma estranhamente... Sensual?
- Alejandro, por favor! - grito com uma voz esganiçada. Ameaço levantar-me, mas ele me puxa para o sofá novamente. - Alejandro! - finjo estar brava. - O que você tá' fazendo? - resmungo, ele logo abre a gaveta do criado-mudo perto do sofá e pega um preservativo, colocando logo em si.
- O que eu queria fazer a muito tempo. - De surpresa, Alejandro se enterra dentro de minha pessoa. Eu e ele nunca passamos de alguns beijos e carícias, mas eu mentiria se dissesse que nunca tive um pensamento erótico com meu melhor amigo. Mas agora nada disso importava mais. Parece que tudo se resumia a ele indo e vindo em minha vulva.
- Alejandro.... - Gemo novamente. Até que tento reprimi-los, mas estava impossível naquele momento. Nós invertemos as posições e agora sou eu que estava em cima do corpo do mesmo. Reprimo meus gemidos, para Alejandro isso era uma tarefa quase impossível.
- S/N.... - Alejandro toca em minhas nádegas e fez carinho, dando uma atenção às mesmas. Impulsivamente, beijo-o, mas não era um beijo qualquer. Era um beijo - que era para mim - marcante de certa forma. Mordo também seus lábios, possivelmente teria o machucado, mas não dei tanta atenção.
- Alejandro... Eu... - tento avisá-lo de que chegaria ao meu ápice, mas obviamente foi abafado pela dor prazerosa que sentia. O beijei novamente, e logo o ápice chegara. Segundos após, deito-me em cima dele, tateando a sua pele.
- Eu te amo, S/N. - Alejandro revela, aquecendo meu coração. - Mas se você não quiser nada comigo, respeitarei sua decisão. Não quero estragar nossa amizade. - Diz tocando meus cabelos.
- Eu também te amo. - digo, beijando sua bochecha. - Muito.
Nos beijamos, e sinceramente, não queria sair daquilo nunca. Não tínhamos certeza do que aconteceria logo após, mas de uma coisa eu estava convicta
O Amor entre nós era recíproco.
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, Alejandro Garnacho ✓
Fanfiction━━━━━━━ Onde você vive histórias diferentes com o atacante do Manchester United, Alejandro Garnacho.