20 | ah, esse argentino...

105 8 0
                                    

Eu não sabia mais o que me fazia ficar tão irritada com Alejandro Garnacho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não sabia mais o que me fazia ficar tão irritada com Alejandro Garnacho. Talvez fosse o fato de ele jogar pela Argentina, ou talvez o ego que ele exalava a cada vitória do Manchester United. Ele não só era um jogador talentoso, mas também um cara que adorava usar as redes sociais para nos provocar, principalmente a nós, brasileiros.

E eu não sou do tipo de pessoa que fica quieta diante de provocações. Sou uma influenciadora conhecida pelo meu jeito irreverente de lidar com a rivalidade, e quando Garnacho começou a responder minhas postagens com memes da Argentina e provocando o Brasil, eu simplesmente não podia deixar barato. Não podia.

Eu me lembrava claramente de uma das nossas trocas de palavras. Era uma tarde de Copa do Mundo, e ele postou uma foto comemorando a vitória da Argentina contra um time europeu qualquer, com a legenda "Em breve, a próxima camisa verde e amarela vai ser nossa". Eu, com a mesma rapidez, respondi: "Sonha, Garnacho. Se o Brasil pegar a Argentina, vocês vão precisar de mais do que essa camisa pra nos vencer." A resposta dele foi rápida, como sempre. "Nunca subestime a força do tango, Brasil. Só digo uma coisa: prepare-se para o nosso show."

Eu ri, mas também fiquei com raiva. Como ele podia ser tão confiante? Eu sabia que o jogo da semifinal da Copa seria um confronto épico. E agora, entre memes e provocações, me peguei mais ansiosa do que nunca para aquele jogo. O Brasil contra a Argentina, e eu contra Alejandro Garnacho. Não poderia ser mais perfeito, ou mais exasperante.

- Espero que você não esteja acreditando na sua própria hype, - escrevi em uma resposta a um de seus Stories. Ele estava lá, postando mais uma vez algo sobre o time argentino, falando sobre o quanto estavam prontos para a vitória. - A Argentina não tem chance contra o Brasil, especialmente com você jogando no time deles. Vou te dar uma dica: não se empolgue tanto, Garnacho.

E claro, ele não deixou barato.

- Vou fazer questão de guardar esse comentário para quando a gente vencer o Brasil. Você vai me agradecer, S/N. Prepare-se para o espetáculo. - Ele respondeu, provocador, com um sorriso estampado na tela.

Eu ri, mas dentro de mim uma pequena dúvida começou a crescer. A provocação dele era tão cheia de confiança que, por um momento, quase me fazia pensar que ele tinha razão. Mas, não, eu não podia permitir que ele me pegasse. Eu estava certa de que o Brasil tinha tudo para ganhar.

E assim se passaram os dias até o grande dia. Brasil x Argentina, semifinal da Copa do Mundo. Eu estava na frente da TV com a camiseta da seleção brasileira, bandeira nas mãos, e um sorriso no rosto. As provocações continuaram pelas redes sociais, mas eu sabia que no fundo eu também estava ansiosa. Não só para ver o Brasil vencer, mas para ver Alejandro Garnacho em campo, enfrentando meu time. Eu queria ver como ele jogaria, como ele se comportaria sob pressão.

- Ei, S/N, - ele me mandou uma mensagem privada pouco antes do jogo começar. - Estás preparada para perder? Ou vai chorar se a Argentina ganhar?

Eu sorri ao ler.

- Não só estou preparada, como estou esperando te ver chorando quando perderem. Já sei até a cena: você ajoelhado, pedindo desculpas ao Brasil. - Respondi, confiante.

Mas então o jogo começou, e o que aconteceu em campo foi algo que eu não estava esperando. O primeiro tempo foi uma batalha feroz, com os dois times se enfrentando intensamente. Mas, para minha surpresa, a Argentina não era tão fácil de vencer. Garnacho estava jogando bem, talvez melhor do que eu imaginava. Ele estava em todos os lugares, atacando, defendendo, sendo crucial para o time argentino.

No intervalo, eu estava furiosa, mas também grudada na tela. Quase sentia como se estivesse ali, no estádio, participando de cada jogada. Mas não pude deixar de notar que, mesmo com toda a pressão, Alejandro estava lá, com o sorriso desafiador. Eu não sabia se isso me irritava ou me fascinava. Talvez ambos.

- O que está achando, S/N? - Ele escreveu novamente, dessa vez com um emoji de olhos, como se estivesse me provocando diretamente.

- Não subestime o Brasil. O melhor está por vir. - Respondi, mas meu coração estava batendo mais rápido do que eu gostaria de admitir.

O segundo tempo foi ainda mais tenso. Quando o gol da Argentina saiu, eu não pude esconder a frustração. A Argentina estava vencendo. 1 a 0. O que estava acontecendo com o Brasil? Onde estavam os meus jogadores? Eu senti uma onda de raiva e confusão misturados. E então, Alejandro fez algo que me deixou sem palavras. Após o gol, ele olhou diretamente para as câmeras, sorriu e fez um gesto, apontando para o nome "Brasil" que estava escrito no meu Stories. Eu sabia que ele estava fazendo isso para me provocar, mas o efeito foi o oposto.

Eu respirei fundo, tentando manter o foco no jogo. O Brasil precisava reagir, e rápido. E então, em um lance perfeito, Vinícius Júnior fez o gol de empate. O estádio explodiu. A torcida brasileira voltou a acreditar.

O jogo continuou a ser uma montanha-russa emocional, mas no final, o Brasil venceu. 2 a 1. Eu não conseguia parar de gritar e chorar de felicidade, mas ao mesmo tempo, sentia uma mistura de emoções contraditórias. O time da Argentina havia jogado bem, e Alejandro Garnacho tinha sido um dos destaques.

Mas, ao olhar para a tela do meu celular, vi uma mensagem dele, um pouco antes do apito final.

- Você venceu, S/N. Mas não se engane. Eu vou estar lá na final para garantir que o Brasil não passe de novo. Fico feliz pela sua vitória, mas já estamos prontos para a revanche. - E ele complementou com um emoji de fogo.

Eu ri. Não pude evitar.

- Nos vemos na final, Garnacho. Prepare-se para mais provocações, porque essa guerra não acabou.

E foi então que algo aconteceu. No final do jogo, quando as luzes se apagaram e o calor da vitória tomou conta de mim, eu me senti estranhamente atraída por ele, mais do que jamais imaginei. Talvez, em algum lugar, em meio a toda aquela rivalidade, houvesse algo mais. Algo que eu não queria admitir.

- Eu ainda vou ganhar essa guerra, S/N, - ele me respondeu, e dessa vez, havia um tom mais suave na sua voz, mais... genuíno.

Eu sorri para a tela, tentando esconder o que estava começando a surgir dentro de mim. Porque a verdade era que, talvez, eu estivesse começando a gostar dele. Mas isso, isso era um segredo meu... por enquanto.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, Alejandro Garnacho ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora