Eu sempre soube que, de alguma forma, minha vida nunca seria comum. Cresci em Buenos Aires, apaixonada pelo futebol, pela cultura, pela música. Mas havia algo que eu não imaginava: que meu coração, de alguma forma, seria conquistado por alguém de tão longe. E esse alguém era Alejandro Garnacho.
Nos primeiros meses de nossa relação, eu não conseguia acreditar na coincidência de ter conhecido alguém tão especial, alguém que compartilhava minha paixão pelo futebol, mas que, além disso, tinha uma energia cativante que me encantou logo de cara. Quando começamos a conversar online, parecia que estávamos em mundos completamente diferentes, mas algo sobre ele fazia com que tudo fosse mais fácil, mais leve. Alejandro não era apenas o jogador brilhante que eu via nos jogos. Ele era gentil, engraçado, inteligente e, mais do que tudo, parecia genuinamente interessado em mim, no que eu sentia, nos meus sonhos e até nas minhas pequenas inseguranças.
Nos meses seguintes, nosso relacionamento foi crescendo. Mensagens todos os dias, chamadas de vídeo que se estendiam até altas horas da noite, e as cartas trocadas, onde ele sempre demonstrava o quanto me sentia próximo de mim, apesar da distância. Havia uma conexão entre nós que transcendia qualquer fronteira física. E, à medida que o tempo passava, eu sabia que essa conexão não era apenas virtual. Eu sentia o amor que se formava em minha vida, e eu sabia que, no fundo, havia algo mais esperando por nós dois.
Mas eu sabia que a distância era um obstáculo, uma barreira que, por mais que tentássemos, não seria fácil de superar. Ele jogava no Manchester United, enquanto eu estava em Buenos Aires, com a minha vida ali, com a minha rotina, meus amigos, minha família. Mas algo dentro de mim me dizia que nós dois íamos conseguir.
O desejo de me encontrar com ele, de sentir sua presença ao meu lado, era algo que me consumia cada vez mais. As conversas sobre a possibilidade de nos encontrarmos já estavam acontecendo há algum tempo, mas sempre esbarrávamos na rotina dele de jogos, treinos e viagens. A vida de um jogador de futebol, especialmente no nível em que Alejandro estava, nunca é simples.
Então, em uma tarde comum, durante uma chamada de vídeo, depois de mais uma discussão sobre como a distância estava nos afetando, ele mencionou algo que mudou tudo.
- S/N, e se você viesse para Manchester? - perguntou, com aquele sorriso travesso que ele sempre tinha quando queria me surpreender.
Eu fiquei em silêncio, tentando processar o que ele disse. Era algo que eu sonhava, mas nunca realmente acreditava que seria possível. Manchester, o lugar onde ele morava, onde ele jogava, onde o Manchester United era sua casa. Eu em Buenos Aires, em minha rotina, na minha vida.
- Você... você está falando sério? - perguntei, minha voz quase falhando.
Ele se inclinou para frente na tela, seus olhos brilhando com uma sinceridade que eu jamais poderia duvidar.
- Claro que sim. Se você quiser, eu posso te ajudar a organizar tudo. Estarei esperando por você.
Eu senti meu coração bater mais rápido. Ele estava falando sério. Eu poderia ir até ele. A ideia parecia surreal, mas ao mesmo tempo, tão real. Eu já o amava de uma maneira que transcendia qualquer limite de distância, e agora eu teria a oportunidade de estar ao seu lado, em Manchester. Um misto de nervosismo e excitação tomou conta de mim, mas uma coisa estava clara: eu precisava fazer isso.
Nos dias seguintes, eu me organizei. Conversei com minha família, com meus amigos, e, depois de algumas semanas de planejamento, finalmente comprei as passagens. Era real agora. Eu estava indo para Manchester.
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O dia da viagem chegou mais rápido do que eu imaginava. Eu estava no aeroporto de Buenos Aires, sentindo a ansiedade e a expectativa misturadas dentro de mim. A ideia de atravessar o mundo para encontrar o homem com quem eu estava namorando há meses parecia um sonho, mas ao mesmo tempo, a realidade era esmagadora. Estava prestes a embarcar em um voo de mais de 12 horas para um lugar que eu nunca tinha visitado.
O voo foi longo, mas meu coração estava acelerado o tempo todo. Fiquei imaginando como seria vê-lo pessoalmente pela primeira vez. Como seria o seu abraço? Como ele se sentiria ao me ter ao seu lado, depois de tanto tempo separados? A ideia de finalmente compartilhar a presença dele, sem telas entre nós, me dava uma felicidade indescritível.
Quando finalmente pousei no aeroporto de Manchester, o frio da cidade me atingiu logo, mas meu coração estava aquecido com a expectativa. Eu estava lá. Eu estava realmente em Manchester, e o que me aguardava estava além de qualquer expectativa.
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Ele me esperava na saída do aeroporto, como prometido. Quando vi Alejandro pela primeira vez, algo dentro de mim simplesmente parou. Ele estava ali, em carne e osso, com aquele sorriso que eu tanto adorava nas nossas chamadas de vídeo. Ele estava com um casaco preto, as mãos no bolso, e me observava com uma expressão de carinho que me fez sentir como se estivesse sonhando.
Ele deu um passo em minha direção, e foi como se o mundo inteiro desaparecesse. Não importava mais o frio de Manchester, não importava mais a distância. Quando ele me abraçou pela primeira vez, senti uma sensação de paz, como se finalmente estivesse em casa.
- Você está aqui... - disse ele, em um tom baixo, quase incrédulo.
- Eu estou aqui, Alejandro. - Respondi, com os olhos marejados de emoção.
Ele me afastou um pouco para me olhar, como se ainda não acreditasse que eu estava ali. E, então, com um sorriso suave, ele me beijou. Era um beijo doce, delicado, mas cheio de significado. Eu podia sentir todo o amor que ele tinha guardado para mim durante aqueles meses de distância. Não precisava de palavras. Tudo estava ali, naquele momento.
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Nos dias seguintes, vivemos uma experiência única, longe dos olhos do mundo. Fomos passear pela cidade, caminhando pelas ruas de Manchester, explorando os parques e os lugares favoritos dele. Ele me mostrou os locais que mais gostava, e eu me senti parte de sua vida de uma forma que nunca imaginei ser possível. Cada pequeno gesto dele me fazia sentir mais próxima, mais conectada.
À noite, depois dos jogos ou treinos, ele sempre me convidava para jantar. Nós compartilhávamos momentos simples, mas tão significativos. Ríamos das pequenas coisas, falávamos sobre o futuro, sobre nossas famílias, sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Era uma paz que eu nunca soubera que poderia encontrar.
E quando ele me levou ao Old Trafford, vi o campo que sempre o vi jogando, mas dessa vez eu estava lá, na arquibancada, assistindo ao lado dele, como uma namorada, e não apenas uma fã distante.
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No último dia, antes de eu retornar a Buenos Aires, ele me levou a um restaurante pequeno, no centro de Manchester. Estávamos sozinhos, e a conversa se voltou para o futuro.
- Então, o que você acha de voltar para cá? - perguntou ele, com os olhos brilhando.
Eu sorri, sem saber o que dizer.
- Eu... eu adoraria. - Respondi, segurando a mão dele. - Mas o futuro é incerto. Só sei que, enquanto estivermos juntos, qualquer distância parecerá pequena.
Ele assentiu, e então, mais uma vez, me beijou, como se aquele momento fosse o começo de algo muito maior.
Eu sabia que nossa história não acabaria ali. Sabia que, no fundo, a distância nunca mais seria um obstáculo. Pois, depois de ter vivido tudo aquilo com ele, eu sabia que o nosso amor seria capaz de superar qualquer fronteira.
E talvez, um dia, eu voltasse para Manchester, não como uma visitante, mas como parte da sua vida de verdade.
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, Alejandro Garnacho ✓
Fanfiction━━━━━━━ Onde você vive histórias diferentes com o atacante do Manchester United, Alejandro Garnacho.