ℳ𝒶𝓅𝓁𝑒 𝒾𝓈 𝒶 𝒻𝓇𝑒𝑒 𝑒𝓁𝒻

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Astraea sentiu a pressão esmagadora ao redor de seu corpo enquanto aparatava, como se o próprio tecido do universo estivesse a comprimindo em todas as direções

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Astraea sentiu a pressão esmagadora ao redor de seu corpo enquanto aparatava, como se o próprio tecido do universo estivesse a comprimindo em todas as direções. O vento uivava em seus ouvidos, misturado com o zumbido agudo de sua magia atravessando o espaço. Em um segundo, ela estava cercada pela escuridão sufocante da floresta, e no seguinte, aterrissava em um local completamente diferente.

Seus pés tocaram o chão duro, e o impacto reverberou pelas pernas cansadas. O ar ao redor dela mudou abruptamente, o cheiro de pinheiros e folhas úmidas dando lugar ao aroma salgado e forte do oceano. Astraea cambaleou alguns passos para frente, sentindo o frio cortante da brisa marinha em seu rosto. Quando olhou ao redor, percebeu onde estava: um penhasco elevado sobre o mar revolto.

As ondas lá embaixo batiam violentamente contra as pedras afiadas, enviando jatos de água salgada para o ar, e o horizonte estava tingido de uma luz pálida e fria. As nuvens pesadas e escuras pairavam sobre a paisagem, refletindo seu estado emocional. O som constante das ondas era implacável, como se o próprio oceano estivesse ecoando o caos em sua mente.

Astraea respirou fundo, tentando acalmar seu coração acelerado. Ela estava sozinha agora. Os Caçadores ainda a perseguiam, mas por enquanto, ela estava segura. O isolamento daquele penhasco remoto lhe dava um momento de alívio — ou pelo menos deveria. No entanto, a calma que ela buscava não vinha. Sua mente estava um turbilhão.

Ela se sentou em uma pedra grande e irregular, o corpo exausto e a mente sobrecarregada. Sentiu a brisa fria no rosto, e por um momento, tudo parecia distante — o som das ondas, o cheiro do mar, o gosto salgado no ar. Tudo isso se desvanecia diante da única pergunta que sua mente repetia incessantemente: para onde eles levariam Lysander?

Astraea passou as mãos pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais, tentando ordenar seus pensamentos. Suas mãos estavam trêmulas, o corpo ainda em choque pela corrida desesperada e pela recente aparatação. O mundo ao seu redor parecia congelado, enquanto sua mente girava, febril.

Ela se encolheu na pedra, abraçando os joelhos enquanto tentava forçar sua mente a raciocinar. Eles não o matariam. Não ainda. Não se ele pudesse ser usado como isca.

-Eles estão me caçando... eles sabem que eu voltarei por ele - um arrepio percorreu sua espinha ao se dar conta do jogo que os Caçadores estavam jogando.

Porém, antes que pudesse se concentrar, um som súbito quebrou o silêncio ao seu redor: o estalo inconfundível da aparatação. Imediatamente, ela se levantou da pedra onde estava sentada, a varinha já em punho, o corpo rígido e preparado para o combate. O instinto de sobrevivência fez seu coração disparar, e seus olhos rapidamente varreram a área ao seu redor, procurando qualquer sinal de movimento. Astraea esperava ver um Caçador de Recompensa, alguém que a seguisse. Mas, em vez disso, seus olhos encontraram algo completamente inesperado.

À sua frente, uma pequena elfo doméstica apareceu, tremendo visivelmente. A criatura era ainda menor do que o comum, com orelhas grandes e caídas, e enormes olhos cor de âmbar que a olhavam com uma mistura de medo e determinação. Ela usava uma túnica velha e rasgada, que parecia ter visto melhores dias, e suas mãos trêmulas estavam entrelaçadas em frente ao peito, como se temesse ser atacada a qualquer momento.

𝕀𝕟 𝕥𝕙𝕖 𝕋𝕣𝕒𝕚𝕝 𝕠𝕗 𝕥𝕙𝕖 𝕊𝕥𝕒𝕣𝕤Onde histórias criam vida. Descubra agora