𝒩𝑜𝓌 𝑔𝑜... 𝒜𝓃𝒹 𝒷𝓇𝒾𝓃𝑔 𝒽𝑒𝓇 𝓉𝑜 𝓂𝑒

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Astraea entrou na cozinha com o semblante abatido, os ombros caídos e uma expressão de cansaço evidente

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Astraea entrou na cozinha com o semblante abatido, os ombros caídos e uma expressão de cansaço evidente. Não era a primeira vez que isso acontecia, e ela já estava se preparando mentalmente para o que viria a seguir. Enquanto ela procurava algo para beber, a porta se abriu atrás dela, revelando um Sam claramente arrependido, quase encolhido em si mesmo.

-Astraea... - ele começou, a voz hesitante e carregada de culpa.

Ela não se virou de imediato. Em vez disso, pegou um copo no armário e começou a enchê-lo com água, esperando o que ele diria. Sam ficou em silêncio por um instante, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras.

-Eu sinto muito... de novo - ele disse, dando um passo mais próximo.

Astraea fechou os olhos por um momento, respirando fundo antes de se virar para ele, com o copo em mãos. A expressão dela era uma mistura de resignação e leve irritação.

O que foi dessa vez, Sam? — ela perguntou, tentando manter a calma, embora sua voz carregasse um toque de exasperação.

Sam coçou a nuca, claramente desconfortável com a situação.

-Eu estava indo pro corredor com pressa, e... Acabei derrubando outra plantinha... - ele confessou, a voz diminuindo ao final da frase.

Astraea colocou o copo sobre a mesa com um pouco mais de força do que pretendia, encarando-o com uma sobrancelha arqueada.

-E você só derrubou, ou...? - Sam abaixou a cabeça, já prevendo a reação dela.

- Eu pisei em cima também... - completou ele, a voz quase um sussurro.

Astraea apertou os olhos e esfregou as têmporas, sentindo a frustração crescendo. Ela já sabia que Sam não fazia por mal, mas ainda assim, não conseguia evitar se sentir chateada. Cada uma de suas plantas tinha um significado especial, e já era a segunda destruída em menos de um ano.

-Qual delas? - perguntou, já esperando o pior.

-Alegria - respondeu ele, quase se encolhendo ao dizer o nome.

Astraea fechou os olhos por um momento, sentindo o peso da decepção. Alegria era uma planta pequena, com flores amarelas brilhantes e folhas delicadas, que sempre trazia uma vibração positiva para qualquer ambiente. Ela havia dado esse nome porque a planta, com sua cor vibrante, sempre parecia iluminar o lugar, independentemente do clima ou das circunstâncias.

Ela soltou um suspiro profundo e olhou para Sam, que agora parecia mais arrependido do que nunca. Ele era desajeitado, impetuoso e constantemente metia os pés pelas mãos, mas Astraea sabia que ele se importava com ela e, de certa forma, entendia que ele também estava chateado por ter estragado algo tão importante.

-Sabe o que é irônico? O nome dela era Alegria, mas não vejo nada de alegre nisso - brincou ela, com um sorriso cansado.

-Eu juro que vou tentar ser mais cuidadoso, Ast - ele disse, quase implorando por perdão - Eu só... Eu fico tão atrapalhado às vezes, e acabo não prestando atenção. Eu realmente queria poder desfazer o que fiz.

𝕀𝕟 𝕥𝕙𝕖 𝕋𝕣𝕒𝕚𝕝 𝕠𝕗 𝕥𝕙𝕖 𝕊𝕥𝕒𝕣𝕤Onde histórias criam vida. Descubra agora