só amizade?

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>>>>> P O V    JOAQUÍN <<<<<

Simplesmente não consegui dormir. Na verdade, nem sei como consegui dirigir até minha casa depois do que aconteceu no apartamento de Cecília.

Ela me beijou. Toda vez que eu lembrava desse fato, era como se os lábios dela ainda estivessem tocando os meus, como se aquelas mãos ainda estivessem passeando em meu corpo, como se ela ainda estivesse em cima de mim, rebolando daquele jeito que me deixou...completamente perdido.

Se eu já era maluco por aquela mulher, depois desse beijo era praticamente impossível pensar em qualquer coisa que não fosse ela, sua boca, seu corpo, seu toque, sua bunda que era extremamente boa, ainda mais quando estava sentada em mim.

Aquele beijo estava me deixando maluco. Assim que cheguei, tomei um banho gelado para espantar o calor do meu corpo mas nem isso adiantou, deitei na cama e virei de um lado para o outro a madrugada inteira, tentando apagar ela da minha mente e até quando eu dormi, sonhei com a maldita da Maria Cecília. Acordei quebrado, Abel ia acabar comigo no treino quando notasse meu estado de quem não tinha dormido nada, mas nem mesmo isso me fazia esquecer da Flamenguista que atormentava meus pensamentos e meus desejos.

Levantei da cama assim que escutei meu despertador e o desliguei, tinha conseguido pegar no sono algumas vezes mas não foi grande coisa, não podia dar mole em meio a temporada e teria que tomar um café reforçado para parecer um pouco mais digno ao me apresentar no ct mais tarde.

── Minha nossa, que caminhão passou por cima de você?   ─ Foi a primeira coisa que minha irmã, Jordana, comentou ao me ver chegar na mesa do café da manhã. Tinha um tempinho que Jordana tinha sido contratada pelo time de vôlei do palmeiras e desde então, morávamos na mesma casa, enquanto meus pais ficavam no Uruguai e vinham nos visitar constantemente.

── O caminhão Maria Cecília, nem te conto o que aconteceu ontem.  ─ Respondi, me sentando na cadeira de frente a ela e enchendo uma boa xícara de café, era esse o remédio para o meu sono. Mesmo depois de tomar um belo banho, eu ainda aparentava ser um zumbi.

── Não conta mesmo! Não quero saber como meu irmãozinho perdeu a virgindade.  ─ Ela provocou, me fazendo mostrar o dedo do meio.

── Engraçadinha. Não é desse jeito que  você tá pensando, a gente...se beijou.   ─ Olhei para a caçula, que esboçava um sorrisinho nos lábios perante a minha revelação.  ── Foi só um beijo. E eu não consigo parar de pensar nela.

── Você já não conseguia antes do beijo né, agora deve ter só piorado. Mas me conta tudo! Como foi?  ─ Ela me encarava visivelmente interessada e eu apenas revirei os olhos e levei um morango para a boca.

── Não vou ficar aqui te contando esses detalhes tá?    ─ Jordana me fuzilou com o olhar e eu logo entendi que não tinha como me afastar do interrogatório.  ── Tá bom! Ela me beijou, a gente começou a se pegar e a gente ia...mas eu lembrei que ela tinha bebido um pouco a mais. Eu não faria nada com ela se não estivesse sóbria então...vim pra casa.

── Eu de fato estou chocada, caramba Joaquín você finalmente conseguiu!   ─ Ela aparentava estar muito mais animada que eu.

── Consegui o que? Ela tava bêbada e já deixou claro que não afim de ninguém por causa do idiota lá. Fora que ela sempre me esnobou, a bebida deve ter sido o motivo do beijo e só isso.    ─ Respondi em um tom desanimado.

── Não é atoa que seu apelido é mula, animal!   ─ Fiz careta assim que escutei seu comentário.  ── A bebida só leva a gente a ter uma coragem que sóbria a gente não teria. Se ela te beijou é porque ela tem interesse em você, hermanito. Se você não se tocou que essa é a hora de agir, pelo amor de Deus eu estou te mostrando agora!

Duelos da paixão  - Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora