um beijo inocente

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Após um ótimo jantar e algumas taças de vinho, eu e Piquerez estávamos conversando e rindo da vida ao sair do restaurante, obviamente, ele bebeu bem menos que eu, dava para perceber que eu estava alta na forma como eu gargalhava fácil de cada besteira que saia da boca dele. Estar com ele era algo leve, divertido, o tempo passou e eu nem me dei conta de que já estava praticamente de madrugada quando o uruguaio me ajudou a entrar em seu carro e colocar o cinto.

── Calma papai, eu ainda sei colocar o cinto tá?   ─ Respondi em meio a risadas, olhando para o jogador que apenas sorriu e deu a volta para entrar no carro, já me respondendo assim que entrou e fechou a porta. 

── Algo me diz que você precisa de uma ajudinha minha.  ─ Ele piscou, dando uma risadinha antes de dar partida no carro, em direção ao meu apartamento.  ── Então mi amor, foi muito doloroso assim jantar comigo?

── Por incrível que pareça, não senti vontade de te matar hoje.   ─ Respondi com um sorriso nos lábios, observando como magicamente ele ficava tão sexy dirigindo com uma mão só.

── Eu falei que você ia se apaixonar por mim, já tá liberado te pedir em casamento?   ─ O rapaz comentou com aquele sotaque gostoso de escutar, me fazendo rir de forma maliciosa.

── Vai me pedir em casamento sem nem ter me dado um beijo?   ─ Provoquei, o vinho tinha me dado uma falta de vergonha absurda.

── Se é só isso que impede eu resolvo isso agora, gata, quero te ver toda vestida de branco, na noite de núpcias... a lingerie pode ser verde.   ─ Joaquín devolveu na lata, me fazendo morder meu próprio lábio quase que no automático.

── Verde? Não me valoriza não, prefiro uma vermelha e preta, o que acha? Tô com uma agora toda preta, fica ótima em mim também.   ─ Comentei com os olhos fixos no jogador, notando que ele estava apertando o volante mais forte.

── Qualquer porra de cor te valoriza, até mesmo se você tiver sem nada. Não me provoca se não for me mostrar essa lingerie, Maria Cecília.   ─ Ele falou em um tom tão duro que fez minhas pernas tremerem.

── Você não pode falar nada se nem me viu sem roupa ainda. Você quer ver? Posso pensar no seu caso e te dar um vislumbre antes da noite de núpcias.   ─ Respondi, em meio risadas.

── Ainda? Então quer dizer que isso logo muda.   ─ Pude notar o sorrisinho safado que se formou nos lábios dele enquanto falava.  ── Maldita...não me provoca que eu te faço ficar pelada já já.

── Quem sabe muda, tô aqui imaginando como seu rosto fica no meio das minhas pernas...parece tentador.   ─ De fato, o vinho não era meu amigo quando eu passava do ponto.  ── Opa, que isso Joaquinzinho? Não sabia que você era grosso desse jeito, tem outra coisa grossa também? 

── Maria Cecília.   ─ Ele disse de forma pausada, como se estivesse esperando formulando as palavras.  ── Você tá bêbada e eu não posso fazer nada, então para de me provocar. Se continuar você vai ver o que é grosso.

── Não estou bêbada, estou no máximo altinha. Não tenho culpa se seu charme me pegou firme...poderíamos estar pegando firme em outras coisas também e você poderia me mostrar o que é grosso.   ─ Disse enquanto ainda olhava para o jogador impaciente ao meu lado.

── Você vai me matar.   ─ Respirou fundo e quando ele estacionou, notei que tínhamos chegado no meu prédio.  ── Consegue subir sozinha ou quer companhia?

── Tá querendo subir comigo pra se aproveitar de mim?   ─ Dei uma risadinha.  ── Eu tô ótima! Relaxa, não precisa se preocupar comigo, vou subir certinho.   ─ Me inclinei para deixar um beijo na bochecha de Piquerez e sorri.  ── Boa noite uruguaio, seu perfume é muito gostoso.

Duelos da paixão  - Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora