Parte 7

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April estava sentada no meio daqueles papeis amassados que tinha escritas perdidas no sentindo que desejava para sua história. Ela estava com bloqueio criativo. O seu quarto inteiro é bagunçado assim como seu cabelo, pois não estava se cuidando corretamente devido à preocupação em finalizar sua literatura da melhor maneira possível na esperança de poder conversar com o Caio uma última vez. A verdade e que ele não saiu dos pensamentos dela, pensava que ele cairia no esquecimento do seu pensamento por não ter o prazer de compartilhar alguns segundos de seu dia ou que sua paixão era alimentada com a emoção de receber seu bom dia na hora errada. Porém, desde a hora que abre seus olhos para o fatídico dia até deitar sua mente no colchão confortável, pensa por onde anda aqueles olhos castanhos que não teve a chance de encontrar. Ela não teve a chance de encontrar ele e se não terminar seu livro não terá nunca mais. Você tem que terminar essa história, April! Ela repetia para si constantemente na esperança de obrigar sua mente para desenvolver uma narrativa agradável, entretanto, nada que saia de sua mente fazia sentindo para escrever no papel e tudo que pensava era naqueles olhos de anjo. Desisto, desisto! April amassou o papel que estava na mão e jogou ele sobre os outros espalhados no chão. Ela colocou seu rosto sobre as pernas e lagrimas começaram escorrer sobre sua bochecha enquanto abaixa a guarda e permite a dor enfrentar pelo seu corpo. Tudo está perdido.

 -- Oh Deus! -- Ela olhou para o teto. -- Se es tão poderoso, por que permite que o sofrimento acompanhe minha breve vida? -- Ela exclamou em resignação, a verdade e que ela sempre tentava encontrar um culpado para seu sofrimento sem que seja ela mesma. E não entender isso, levou- a para o ápice da loucura. -- Oh Deus, eu imploro! Se os meus dias forem duradouros, peco que eles terminem agora, pois minha alma não suporta a ferida causada pelo anjo que cruzou o meu caminho e seguiu sua jornada sozinho. -- Ela estava exaurindo a si mesma. -- Eu rezo, todos os dias rezo para meu coração o esquecer completamente! Não há nada que acabe com a minha angústia sem que isso termine antes daquele começo.

 Sem uma resposta precisa, April seguiu seu calvário na esperança de encontrar um alívio para sua aflição, era sempre a esperança que deixava April longe da lama que insistia seu rosto e suas vestes para completar o cenário daquele pecado. Mas já estava perdido quando olhou para suas mãos e observou que estava coberta da lama escura que sempre se esforçou para não se lambuzar de uma gota sequer. Oh céus, oh céus!

 -- Como posso ver para onde devo ir se há lamaçal por toda parte e cobre meus olhos? -- A lamuria e tudo que sobra nesses últimos dias. -- Para os dias que pequei, peco que meu castigo seja justo sem que roube minha eternidade. -- Ela não soube quando, nem como aconteceu, mas o seu corpo e suas vestes estavam limpos sem uma gota daquela sujeira. April, imediatamente, rogou para os céus quando encontrou aqueles olhos de anjo sentado sozinho no restaurante famoso da cidade. Ela não estava mais nervosa. De repente, seu corpo se encheu de coragem e determinação nunca visto antes quando pensava em se aproximar do garoto. Caio abriu um sorriso encantador quando avistou ela se aproximando, ele acenou para April que estava quase saltitando pelas paredes de felicidade. 

--Posso me sentar? -- Ela disse analisando cada pequeno detalhe de seu rosto que tinha medo de esquecer. 

-- E claro, fique à vontade! -- Eles estavam encantadores. Talvez ele estive pensando o mesmo desfrutando da presença dela. Não é uma certeza. 

-- Eu estava arrastando meus pés pela cidade quando vi você sozinho nesse restaurante – Disse April mantendo contato visual. -- E pensei: por que não adiantar o '' quem sabe nos encontramos por aí um dia'' hoje mesmo? -- Ele riu. -- A noite não está nada mal. 

-- Bem agradável – Caio concordou. -- Entretanto, não e sempre que venho aqui. Me esforço para ficar longe daquela pilha de atividades que tenho que entregar para os alunos. Não é fácil, mas eu escolhi esse caminho, nem sempre temos a virtude de escolher sua própria vida.

Aqueles Dias CinzentosOnde histórias criam vida. Descubra agora