Capítulo 7

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Narrador

Qui.,
21/04/22.

O dia do jogo regional finalmente chegou. Arthur acordou com um misto de ansiedade e animação, lembrando-se das últimas semanas, das conversas e dos momentos que teve com Lucas. Ele não sabia exatamente o que esperar, mas estava determinado a apoiar o amigo.

Na escola, o clima era de tensão e expectativa. Todos falavam sobre o jogo decisivo, que garantiria a classificação para a competição estadual. Lucas e Vitor estavam prontos, focados no desafio, e Arthur observava tudo, tentando disfarçar a própria ansiedade. Depois de um longo dia de provas, que parecia arrastar-se eternamente, o sinal finalmente anunciou o fim das aulas.

Arthur caminhou em direção ao estádio junto com Alice, que estava tão empolgada quanto ele. Nas arquibancadas, Eduardo se juntou a eles, e logo começaram a conversar.

- Lucas e Vitor estão voando hoje - comentou Eduardo. - Eles treinam incansavelmente para esse momento. O jogo de hoje é decisivo.

Arthur assentiu, sentindo um friozinho na barriga, tanto pelo jogo quanto pela presença de Lucas em campo.

O jogo começou em alta velocidade. Lucas logo criou algumas jogadas promissoras, mostrando toda a sua habilidade. O time adversário parecia não ter uma resposta para a pressão que ele colocava em campo. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Lucas fez um passe preciso para Enrico, que não desperdiçou a chance e marcou o primeiro gol. As arquibancadas explodiram em gritos de comemoração, e Arthur sorriu ao ver Lucas celebrando com seus companheiros de equipe.

No intervalo, os jogadores voltaram para o vestiário, e Arthur conversou com Eduardo. O clima era de otimismo.

- Eles vão ganhar hoje, sem dúvida - disse Eduardo. - Lucas está jogando como nunca.

O segundo tempo começou com o time adversário mais agressivo, mas o time de Lucas não se desorganizou facilmente. Como verdadeiro líder, Lucas incentivou seus companheiros e, após uma jogada de almanaque, Lucas deixou Vitor na cara do gol. E então, como em um sonho, Vitor fez uma cavadinha, a bola lentamente passou por cima do goleiro e apenas parou no fundo da rede.

O estádio foi à loucura. Vitor comemorou com seus companheiros de equipe, ele sabia que Alice te observava de longe.

O jogo terminou em 2x0, e a classificação estava garantida. A escola inteira estava em festa. Lucas, ainda suado e exausto, foi até Arthur após o jogo, com um sorriso radiante no rosto.

- E aí, Becker - disse Lucas, com um brilho nos olhos. - Que tal irmos dar uma volta? Tem um lugar que eu quero te mostrar.

Arthur aceitou sem hesitar, curioso e intrigado sobre o que Lucas planejava. Lucas pegou sua caminhonete, e os dois partiram para um local que Arthur não conhecia.

- Onde estamos indo? - perguntou Arthur, observando o caminho.

- Você vai ver - respondeu Lucas, sorrindo misteriosamente.

Depois de alguns minutos de estrada, eles chegaram a uma floresta perto do mar. O cenário era deslumbrante: o sol estava se pondo, tingindo o céu de tons alaranjados e refletindo nas águas cristalinas. Havia um banco de madeira ali, de frente para o horizonte.

- Esse é o meu lugar favorito - disse Lucas, sentando-se ao lado de Arthur. - Sempre venho aqui quando preciso pensar.

Os dois ficaram ali em silêncio por alguns minutos, apenas apreciando a vista e o som das ondas batendo suavemente na areia. Arthur sentia o coração acelerar, sem saber ao certo o motivo. Ele olhou de soslaio para Lucas, que parecia nervoso, como se estivesse preparando algo importante.

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