Love Me Better

Processamento Subcortical

Boa noite!

Tem Rock in Rio para mim, sim! Mas também tem LMB.

Tem música, hein! Coloquem no repete até o final do capítulo!

Enjoy!

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Processamento Subcortical: É o encadeamento de informações feita pelo grupo de diversas formações neurais, que também é responsável pela emoção básica da surpresa. Esse processamento permite uma reação não-consciente, antes que a informação seja processada em áreas corticais mais complexas.

Há quem considere a surpresa uma das emoções mais honestas e puras existentes. Ela precede emoções que são demonstradas com intensidade. Aquelas que você pode até tentar esconder ou conter, mas que são impossíveis de disfarçar quando chegam aos olhos.

🩺

Camila.

Florida, 24 de dezembro de 2013.

— Papi! — chamei tirando as luvas térmicas das mãos. A ave estava finalmente no forno e os meus tios que estavam na casa do meu pai para o Natal, estavam no jardim com os gêmeos mais novos.

— Diga, mi amor. — Meu pai ergueu a cabeça com as mãos ocupadas no pisca que precisava de conserto na cerca.

— O peru está no forno, vou subir para ligar para mamá! — avisei tirando o avental do corpo e jogando sobre o balcão.

Desde mais nova, na ausência da minha mãe, a cozinha era minha mesmo nas ocasiões mais especiais. Meu pai tentava ajudar, mas ele não levava jeito algum para cozinhar, então eu o deixava responsável apenas por ver se nada pegava fogo quando eu tinha que me ausentar. Ao menos esse trabalho, ele fazia bem.

— Deixa comigo, eu fico de olho! — Ele respondeu e em seguida chamou o tio Luís para ajudá-lo a terminar seu afazer mais rápido.

Passei pela tia Dulce que estava na sala com Salomão, meu primo mais velho e subi correndo as escadas para os quartos.

Gostei da casa que meu pai alugou para ele em Miami. Ele pensou em tudo que podia me dar conforto para que fosse atrativo estar na Flórida. Eu tinha meu quarto, meu próprio banheiro e eu mesma escolhi a decoração mesmo à distância. Era a forma dele de mostrar que estava pensando em mim, que sentia minha falta e queria que eu passasse as minhas férias com ele.

Não fiz caso para ir passar o Natal com eles. Eu já estava há alguns meses com minha mãe e fazendo minha vida na Geórgia, era justo que pelo menos as datas festivas eu passasse com meu papá.

O clima de Miami era muito diferente de Atlanta. Enquanto Lauren e eu estávamos quase congelando duas noites atrás, agora eu vestia um short jeans branco e uma blusa sem alças florida, e o sol ainda aquecia a cidade, embora já estivesse para se pôr.

Entrei no quarto e fechei a porta. Eu gostava dos meus primos, mas eles poderiam ser enxeridos às vezes e eu precisava começar a me arrumar para a noite, queria privacidade.

Assim como falei para meu papá que faria, liguei para mamá a fim de ter notícias dela. Seria nosso primeiro Natal separadas, pois quando eu estava morando com meu pai em Savannah, as datas comemorativas comigo eram dela. Estávamos vivendo o primeiro ano com os papéis invertidos.