Luzia Nezzo 🇧🇷

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Luzia Nezzo, a estrela da seleção brasileira de vôlei, sempre teve uma presença marcante dentro e fora das quadras. Com seus 1,99 de altura, olhos castanhos penetrantes e um sorriso enigmático que derretia corações, ela era um fenômeno não apenas pelo talento, mas pela personalidade. O público amava sua energia vibrante e a força que transmitia em cada jogo. Mas, para aqueles que conviviam de perto com ela, Luzia era muito mais complexa.

E era isso que intrigava Lara Ribeiro, a levantadora da mesma equipe. Lara, com seus cabelos curtos e negros, era o oposto de Luzia em muitos aspectos: mais reservada, focada e extremamente estratégica. Enquanto Luzia exibia uma confiança quase intimidante, Lara observava tudo em silêncio, com uma precisão quase cirúrgica. Elas se complementavam em quadra de maneira impecável – Luzia era o furacão, e Lara, o vento que controlava a direção.

A mídia adorava o contraste entre as duas, e os fãs logo começaram a "shippar" o que eles acreditavam ser a amizade perfeita. Sempre que apareciam em entrevistas juntas, riam e trocavam olhares cúmplices, mas o que acontecia longe das câmeras era um jogo muito mais sutil e carregado de tensão.

O começo de tudo não foi em quadra, mas durante uma viagem de pré-temporada para a Itália. Era uma noite fria, e o time todo tinha saído para jantar após um dia intenso de treinos. As ruas de Roma estavam lotadas, e o restaurante italiano que escolheram era aconchegante e rústico, iluminado por velas. Sentadas lado a lado em uma mesa grande com o time, Luzia e Lara se provocavam discretamente.

Luzia, sempre cheia de energia, não conseguia parar de brincar. "Você precisa soltar mais o braço nos ataques, Lara. Vou te ensinar isso um dia."

Lara sorriu de canto, sem nem olhar diretamente para ela, cortando um pedaço de pizza. "Você pode tentar, Luzia, mas acho que você não conseguiria me acompanhar."

Esse tipo de troca era comum entre elas – repleto de segundas intenções, mas nunca óbvio. Os olhares duravam um pouco mais do que o necessário, os toques acidentais pareciam intencionais, mas tudo cuidadosamente disfarçado de amizade. Se alguém as observasse de fora, veria apenas duas amigas próximas, talvez um pouco competitivas, como qualquer dupla de atletas de alto rendimento.

Mas naquela noite, depois que o time se despediu, Luzia decidiu que era hora de provocar um pouco mais. As duas estavam hospedadas no mesmo quarto no hotel, algo que acontecia frequentemente por pura logística. Enquanto Lara se preparava para dormir, Luzia, sem ser convidada, deitou-se na cama ao lado e começou a mexer no celular, ignorando os sinais de que Lara queria algum espaço.

Lara bufou, já deitada, enquanto apagava as luzes. "Você não sabe o que é respeito ao espaço pessoal, né?"

"Quem sabe eu goste de invadir seu espaço," Luzia respondeu, sem tirar os olhos do celular, mas o tom de voz era brincalhão, cheio de malícia.

Houve um silêncio pesado, e quando Luzia finalmente olhou para Lara, viu que a levantadora a observava com uma intensidade diferente. Lara era conhecida por seu autocontrole, mas naquele momento, havia algo a mais.

"Você tem certeza que quer brincar desse jeito comigo?" Lara murmurou, e seu tom fez o ar do quarto parecer mais denso. Luzia congelou por um segundo, surpresa pela mudança de dinâmica, mas não deixou transparecer.

"Eu sempre jogo para ganhar," ela respondeu, inclinando-se ligeiramente para perto.

Mas, como de costume, antes que qualquer coisa pudesse acontecer, uma batida na porta as fez se afastar. Era uma das outras jogadoras, precisando de ajuda com algo trivial. A tensão foi quebrada, mas o momento ficou marcado entre as duas. Nada havia sido dito claramente, mas ambas sabiam que estavam jogando um jogo perigoso.

O tempo passou, e a dinâmica entre elas continuou a se intensificar. Nos treinos, Luzia estava sempre tentando tirar Lara de sua zona de conforto. Tocava seu braço quando não precisava, sorria de maneira sugestiva após uma boa jogada, e provocava com piadinhas disfarçadas. Lara, por outro lado, mantinha-se calma, mas os olhos denunciavam que ela gostava do jogo.

A equipe viajava pelo mundo, competindo e ganhando títulos. Cada vez que estavam em uma nova cidade, Luzia e Lara encontravam pequenos momentos a sós. Uma caminhada noturna em Tóquio após uma vitória particularmente difícil. Um café em Paris antes de um treino. Eram momentos carregados de uma energia quase palpável, mas que sempre ficavam no terreno da ambiguidade.

Luzia, aos poucos, percebeu que a situação estava ficando mais difícil de controlar. Ela, que sempre teve o controle em suas mãos, começava a sentir-se vulnerável na presença de Lara. Cada sorriso discreto, cada provocação, fazia algo borbulhar dentro dela. Era mais do que amizade, mais do que atração física – havia algo profundo ali, uma conexão que ela não conseguia explicar.

Lara, por sua vez, mantinha sua fachada de controle, mas internamente se perguntava até onde estava disposta a ir. Ela sabia que o que sentia por Luzia não era apenas fruto da convivência ou da química natural de duas pessoas que jogam tão bem juntas. Havia algo a mais, e ela começava a perceber que, eventualmente, precisaria fazer algo a respeito.

O clímax veio durante um torneio importante no Japão. As duas jogadoras estavam exaustas, física e emocionalmente. A pressão para ganhar era enorme, e elas sabiam que o mundo estava de olho nelas. Mas, durante uma noite de folga, em uma festa organizada para o time, as coisas saíram do controle.

Luzia e Lara, já um pouco alteradas pelo álcool, encontraram-se em um canto isolado, longe dos olhares curiosos. Luzia riu de algo que Lara disse, e sem pensar, colocou a mão no rosto da levantadora, traçando seu queixo com os dedos.

"Você é impossível," Lara sussurrou, mas não se afastou.

"Você gosta," Luzia respondeu, com aquele sorriso provocador.

Dessa vez, não havia interrupções. Não havia outras pessoas para interferir. Só as duas, envoltas no som abafado da música e no calor do momento. Lara, sempre tão controlada, foi a primeira a ceder. Ela se inclinou, e os lábios das duas finalmente se encontraram. Foi um beijo lento, quase hesitante no início, mas logo se tornou algo mais intenso.

Quando se afastaram, ofegantes, não disseram nada. Não precisavam. O jogo de flertes e provocações tinha finalmente encontrado seu desfecho.

Mas aquele momento não significava o fim da tensão. Na verdade, era apenas o começo de algo muito mais complicado – um romance que precisaria ser mantido em segredo, equilibrando-se entre a amizade que mostravam para o mundo e o relacionamento que agora dividiam entre si.

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Estou devastada com a notícia de que, supostamente essa mulher pega homem.
COMO ASSIM????
Minha vida acabou.

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