O boato - Shortfic Gabrilar

Capítulo 1

Notas iniciais:

Bom, gente, como eu disse nos stories do meu fc (videosforisa), comecei essa fanfic em setembro e decidi terminá-la agora. Ela estava com dois capítulos escritos e eu não quis mudar nada, apenas corrigi alguns erros e deixei com a essência que eu queria.

Estou torcendo pra que vocês gostem! Aceito críticas construtivas e, embora não tenha me agradado a forma que eu comecei, gostei da forma como eu conduzi.

Agradeço a quem se prontificou a ler essa shorfic de gabrilar e quero que vocês comentem bastante!! Me deem opiniões, pois eu vou amar ler.

Beijos da Duda e boa leitura!

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— Você não tinha esse direito! — A voz da professora Pilar ecoou no ambiente da biblioteca, seu tom já bastante elevado devido à raiva.

Gabriel e Pilar estavam frente a frente, com a mesa da biblioteca os distanciando. A professora encontrava-se furiosa logo após ouvir um falso boato sobre a sua vida pessoal pela escola e, tomada pela ira e o medo, não conseguia raciocinar corretamente.

— Olha, Pilar, não fui eu. — Gabriel disse — Seja lá do que você está falando.

O professor, por outro lado, encontrava-se confuso. Ele coçava a nuca, tentando processar as informações que chegaram bruscamente sem aviso prévio. Já era habitual o comportamento da moça de entrar nos lugares com raiva e descontar nele, mas, dessa vez, ela estava passando dos limites. Sobre o que exatamente falava?

— Você não tem noção do que fez! — Pilar continuou, irritada, enfatizando a palavra "noção."

— E você acha bonito sair me acusando sem provas? — ele perguntou, indignado. Não conseguia entendê-la.

— Você é a única pessoa que inventaria uma coisa dessas. Se não foi você, então quem foi, hein? Fala! — Pilar gritou. Ela apontava o dedo para ele como quem o julgasse, como sempre fazia. Quem ele pensava que era para tratá-la daquela maneira?

— Primeiro, abaixa o seu tom de voz pra falar comigo — Gabriel proferiu, agora com a voz e expressão mais sérias, deixando Pilar furiosa. Ela odiava ser contrariada. — Segundo, como é que eu vou saber do que você está falando se não me explica nada?

— Não se faça de desentendido, Gabriel. O que eu tenho para explicar? Se foi você quem espalhou toda essa mentira. — ela disse cruzando os braços e o fuzilando os olhos. — Quem deve se explicar é você.

Gabriel a olhava, incrédulo. Ele fez questão de enfatizar que não sabia do que se tratava aquela discussão, mas Pilar parecia estar surda às suas palavras.

— Eu não sei por que eu ainda tento me aproximar de você. É inútil! Eu sempre saio perdendo, tudo sempre é minha culpa — sua voz vacilou em um misto de tristeza e frustração — Eu achei que você confiava em mim.

— Eu nunca confiei.

E então ela saiu.

Gabriel ficou parado, ainda processando o que acabara de acontecer. Como ele tinha conseguido chegar à estaca zero tão rápido?

[...]

Algumas horas depois, após sair de uma aula divertida com os meninos, Gabriel foi até o jardim do colégio tentar dar uma espairecida. Sua cabeça estava a mil com as acusações de mais cedo. E o pior, ele nem sabia do que Pilar estava falando. O professor se encontrava sentado em um banco do jardim do colégio, com os cotovelos apoiados nas coxas e as mãos na cabeça.