🐯Capítulo 23🐧

174 18 3
                                    

- Sabe... hoje Myoui me ligou. Acho que estou com problemas com o seu assunto. - Virei-me para olhar para ela com preocupação.

Ela sempre diz que tem que passar com boas notas ou seu desempenho será prejudicado e isso... não é bom para ela. Dahyun adora o que estuda. E ela afirma isso com seu rosto aflito.

- Você fez alguma coisa com ela?

- Não, mas não me falta vontade. Ela é uma pervertida por querer dormir com você.

Cerrei os punhos quando estava longe da verdade.

E ela fará isso quando souber que já fez... algumas vezes. E não sei o que ela vai pensar quando descobrir que sou eu quem está procurando por ela para fazer isso.

<<Que você é uma prostituta. >> minha consciência me disse para me fazer sentir pior.

Olhei para Wendy que já estava com sua atenção voltada para mim e sorri tristemente. Nunca ouvi ela julgar ninguém. Ela é uma pessoa tão boa que às vezes fico surpresa que exista alguém assim.

Ela me ofereceu seu braço como conforto e eu o aceitei. Então continuamos andando até entrarmos na universidade. Dahyun continuou a lamentar e a apresentar teorias sobre o que a mulher poderia fazer.

Ou seja, prejudicando seu índice acadêmico.

- Eu não vou para sua área. O que há de errado, Louca?

Ela me olhou ofendida, com a mão no peito e o rosto inclinado. Quase fui enganada pela conversa dela, mas notei sua intenção quando íamos subir as escadas que levavam até aquele lugar.

- Me siga, Anã.

- Não me chama assim, Dahyun.

- Chae, você me acompanha até a porta e volta. Você não estará sozinha, Wendy irá acompanhá-la. É o que ela sempre faz, certo? - Ela refutou.

Eu fiz uma careta e olhei para a mencionada que estava olhando ao meu redor. Tão profissional como sempre.

- E onde está a sua?

- Foi pegar minha comida.

Revirei os olhos. Às vezes esqueci que somos irmãs e temos os mesmos neurônios em relação à nossa atitude. Admito que Wendy também traz minha comida e faz outras coisas também. É multifuncional.

Claro, eu queria acompanhá-la para dar apoio e não pensar o pior, mas minhas pernas tremeriam no momento em que visse aquela mulher... porque a ideia de não ter aquelas mãos me tocando ou aquela boca me beijando por ...um ou dois anos, meu corpo não gosta.

Não gosto.

A luta interna começou. E foi meu corpo que ganhou vida própria para acompanhá-la.

Wendy me ofereceu seu braço. Imaginei que inconscientemente formei uma expressão triste.

- Só até o início da escada.

- Que cruel.

Eu ri do beicinho dela, mas isso não mudou minha decisão, não importa o quanto meu corpo queira vê-la, mesmo que por alguns malditos segundos. Ter aquele olhar frio me faz tremer só de me ver.

- Oi, Wendy. Você também apresentou uma teoria sobre por que ela distanciaria você de Chaeyoung?

Eu bati nela no estômago rapidamente. Foi fácil porque ela tinha entrelaçado o braço no meu - Eu não queria pegar o braço livre de Wendy - e eu olhei mal para ela.

Foi um tema difícil para nós, na verdade conversamos sobre isso por alguns minutos quando descobrimos a verdade, mas é uma conversa que deixa Wendy sentimental.

Mommy | MiChaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora