The Boy Next Door - Hyunin

Popular Song

Aquele momento embaraçoso parecia uma eternidade. Por incrível que pareça o sem vergonha do Hyunjin tinha ficado constrangido com aquela situação, porém nos seus olhos havia um brilho tão bonito quanto as estrelas, confesso que ficar tão perto assim dele ao ponto de sentir sua respiração, me tentou a querer beija-lo enquanto olhava para os lábios rosados do garoto. Infelizmente acabei cedendo aos encantos do rapaz .

Aproximei mais meus lábios aos dele e os selei suavemente. Em seguida o Hyunjin colocou a sua mão em minha nuca e iniciou um beijo. Retribui no mesmo ritmo lento, porém ainda intenso. Talvez aquele tivesse sido o melhor e mais estranho beijo da minha vida.

Porém, como diz um certo ditado popular "felicidade de pobre dura pouco" e começou a cair alguns pingos de água do céu, era uma chuva, que em poucos segundos ficou extremamente forte e fomos obrigados a parar de nos beijar. Eu totalmente envergonhado com aquela situação, me levantei rapidamente e sai correndo para dentro de minha casa sem me despedir de Hyunjin.

Hwang Hyunjin's P.O.V

Assim que a chuva começou o Jeongin saiu correndo e nem me ajudou a levantar. Eu estava lá jogado no chão, correndo o risco de pegar leptospirose (doença transmitida pela unira de rato )e um resfriado, no meio de uma chuva que aos poucos foi ficando cada vez mais forte, igual a minha paixão pelo Yang, fiquei me perguntando se aquilo havia mesmo ocorrido ou se era apenas uma alucinação. Apoiei meu braço que estava ardendo, droga! Devo ter ralado no asfalto quando cai. Me levantei, fui para casa, olhei o relógio, eram 00h30. Tava um pouco tarde, então os meus pais estavam todos dormindo. Subi as escadas e fui tomar banho.

Enquanto a água limpava meu corpo e fazia os meus arranhões da queda arderem, em minha mente vinha vários flashbacks do ocorrido. Desliguei o chuveiro. Saí do box, peguei minha toalha e fui escovar os dentes. Precisava ir dormir, não tinha tempo para ficar pensando, pois no dia seguinte tinha o simulado da prova do Suneung (uma prova que testa os conhecimentos do ensino médio, essa prova é muito importante porque ela não dita apenas se estudantes irão à universidade, mas pode afetar suas perspectivas de emprego, salário e até mesmo onde os coreanos vão viver) e eu nem tinha estudado. Ainda não sei o que realmente fazer com minha vida, porém esse provão valia nota extra em todas as disciplinas e era exatamente o que estava precisando.

No dia seguinte, meu alarme toca no horário de sempre seis horas da manhã. Silenciei. Escovei meus dentes, lavei o rosto e desci pra cozinha tomar café da manhã com meus pais e minha irmãzinha de nove messes de idade. Comi rapidamente e sai correndo, pois precisava pegar uns macetes da prova com o Bang Chan, embora ele fosse descolado, é bastante inteligente e sempre nos ajudava em época de exames.

Já na sala de aula, a nossa professora de artes disse todas as instruções e entregou o caderno de prova. Peguei minha caneta da sorte, uso em todas as provas, abri o caderno e me deparei com um texto enorme que era apenas uma questão. Li, vi as alternativas e cheguei a conclusão de que não sabia a resposta. Só tinha duas escapatórias, a primeira era colar do Minho que estava na minha frente ou do Felix, um intercambista australiano, que estava do meu lado e a segunda  chutar.

Tentei a primeira alternativa, colar dos coleguinhas, olhei disfarçadamente para a prova de Minho, ele tinha marcado letra "B" e o Felix também. Então marquei igual. Ao decorrer da prova respondi as questões que sabia, outras chutei e a maioria usei minhas táticas profissionais de colar sem ser flagrado.

Depois de três horas respondendo questões de vestibular terminei a prova e entreguei à professora de Artes que foi boazinha e não percebeu que eu estava usando minhas táticas. Ao sair da classe percebi que eu realmente precisava tomar vergonha na cara e ir estudar de verdade. Se não seria apenas mais um pobre fracasso nos números das estatísticas. Ao passar pelos corredores avistei pelo pequeno vidro da porta Jeongin concentrado na aula de matemática do segundo ano. Se ao menos eu tivesse metade da vontade estudar que aquele garoto tem minhas notas não estariam tão ruins assim. Depois do show de talentos começa o quarto bimestre, irei tentar me esforçar para recuperar minhas notas, ir para recuperação em pelo menos cinco matérias e talvez conseguir passar no vestibular.

Como a única aula de hoje era a prova eu poderia ir pra casa porém queria falar com Jeongin, mesmo sem ter assunto e irmos para casa juntos. Então, fui comprar meu lanche fora da escola, pois eles não aceitam alunos perambulando pelos corredores, isso é detenção na certa, e tudo o que mais preciso são menos problemas com a escola. Comprei e fiquei numa pracinha que ficava próximo do colégio até a hora da saída.

Quando deu 13h30 os alunos começaram a sair e eu fui para o portão esperar meu vizinho. Dois minutos depois ele saiu se despedindo de Kim Seungmin.

- Você estava me esperando? – perguntou com um olhar surpreso.

- Não eu só tava amarrando o meu tênis – menti pra não parecer estranho.

- Sério? E por que seu pé esquerdo continua desamarrado? – perguntou olhando para os meus pés.

- Eu esqueci desse... é... Talvez por um acaso eu tivesse te esperando – adimiti.

- Fiquei sabendo que hoje os alunos do terceiro ano fizeram o provão preparatório, como você foi?

- Ah! Eu acho me saí bem, vamos esperar o resultado – ri de nervoso, pois realmente precisava de pontos e não sei o que esperar daquela prova gigante.

- Que bom

Passamos o caminho todo conversando até chegarmos em nossas casas.

- Não esqueça que hoje às 15h da tarde será seu último treinamento antes do show de talentos – o lembrei.

- Toda vez que lembro que esse show de talentos será no sábado, no caso amanhã, fico nervoso só de pensar em como vai ser.

Depois disso entramos em nossas casas. De certa forma eu estava aliviado, porém um pouco ansioso para o show de talentos que teria no sábado. Pois, eu veria alguns dos talentos que a School of Performance Arts forma todos os anos, mas é triste saber que nem todos conseguem destaque na indústria cultural. O meu alívio era por conta que teria tempo afim de estudar para a recuperação e provas que me aguardavam, de toda forma ainda seria corrido.