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LUNA MONTENEGRO
📍BARCELONA, ESPANHA

Acordar cedo nunca era algo bom, mas para viagens eu gostava

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Acordar cedo nunca era algo bom, mas para viagens eu gostava. Talvez fosse a ansiedade que sempre tomava conta de mim, aquela expectativa que conseguia tirar todo o meu sono, deixando-me alerta e pronta para o que viesse.

Levantei-me da cama, ainda com o céu escuro lá fora, e olhei para Héctor, que dormia tranquilamente ao meu lado. Ele sempre parecia tão calmo dormindo, e por um segundo, quase me arrependi de ter que acordá-lo tão cedo. Mas, por outro lado, eu estava ansiosa demais para esperar.

— Héctor... — Sussurrei, tocando levemente seu ombro. — Vamos, a gente tem uma viagem pela frente. 

Ele se mexeu lentamente, soltando um som de quem ainda estava perdido no sono, mas seus olhos logo se abriram, um sorriso preguiçoso se formando em seus lábios.

— Já tá na hora? — Ele perguntou, a voz rouca de sono. —

— Sim, e você sabe que eu odeio esperar! — Brinquei, sentando na beirada da cama enquanto o observava se espreguiçar. — Quanto mais cedo a gente sair, mais tempo vamos ter pra aproveitar.

Ele riu, ainda sonolento, mas se levantou. Sabia o quanto eu amava viajar, e, por mais que fosse cedo demais para ele, nunca reclamava.

— Tudo bem, tudo bem. — Disse, passando a mão pelos cabelos e se levantando. — Vamos logo antes que você me arraste pra fora da cama.

— Enquanto eu me arrumo, você termina de arrumar as suas coisas. Não entendo por que você sempre deixa tudo para a última hora. — Falei, revirando os olhos com um sorriso divertido. —

Héctor soltou uma risada baixa, ainda meio sonolento, enquanto começava a se levantar da cama.

— Eu funciono melhor sob pressão, meu amor. — Ele respondeu com um tom brincalhão, piscando para mim. — Além do mais, eu já sei exatamente o que levar, não vai demorar.

— Veremos. — Retruquei, balançando a cabeça e caminhando em direção ao banheiro. — Só não quero me atrasar porque você resolveu jogar tudo na mala no último segundo.

— Relaxa. — Ele respondeu, rindo de novo. — Até parece que eu já não me acostumei com suas manias de controle.

Eu bufei, tentando não sorrir, enquanto fechava a porta do banheiro. Por mais que ele sempre deixasse as coisas para a última hora, sabia que tudo acabaria correndo bem.

Enquanto decidi tomar um banho e me arrumar tranquilamente, ao sair do banheiro encontrei Héctor quase todo arrumado, exceto pela camisa. Ele parecia revirar as coisas, com o olhar concentrado em alguma busca.

— O que você está procurando? — Perguntei, tentando conter uma risada. — 

— Aquela minha camisa preta com as letras vermelhas na frente. Não sei onde deixei. — Ele respondeu, ainda focado em encontrar a peça. —

𝗠𝗬 𝗦𝗔𝗟𝗩𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡, 𝐻𝑒́𝑐𝑡𝑜𝑟 𝐹𝑜𝑟𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora