010 | Livre arbitrio PI.

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Hoje é sábado, o dia que mais gosto da semana porque posso aproveitar mais do que estar com a cara nos livros. Eu dei um diminuída nos estudos quando tô em casa se não ia ficar louca mesmo, e Atena que está sempre dizendo que preciso respirar fora da minha bolha.

Tomei café com minha mãe e desci para praia com Nebulosa. Ela fica bem a vontade quando está em um ambiente aberto e eu adoro vê-la brincar. Apesar do meu apartamento ser grande, não acho bom o suficiente para uma cadela do seu porte.

— Nebulosa, vem. — grito para que ela saia da água.

Ela corre em minha direção trazendo a bola em sua boca, quando já está próxima das minhas pernas se senta me entregando.

— Devia colocar esse seu cachorro em uma coleira. — ouço uma mulher que passa dizer.

Olha na direção que ela está, vejo que ela ainda encara Nebulosa com desgosto

— E a lista? — coloco a mão na testa empatando o sol.

— Lista? — ela pergunta duvidosa.

— Sim. De quem perguntou.

Ela da as costas resmungando, começo a rir olhando para Nebulosa.

— Você acredita numa coisa dessa? — ela olha para mim levantando as orelhas. — Vamos, você já vai ficar no pet shop para tirar essa areia.

Passo na barraquinha do Alex onde deixei minhas coisas, visto meu short e coloco a coleira na Nebulosa.

— Está com sede? — Alex pergunta.

— Abre duas águas, por favor. — digo pegando a vasilha de água portátil dela.

Alex me entrega os cocos, coloco um para Nebulosa e pego um canudo pondo no meu.

— Faz uma semana que não te vejo por aqui.
— ele diz.

— Eu viajei, quando voltei precisei colocar umas matérias em dia mas agora, estou livre.

— Agora tem uma parceira fiel. — ele diz acariciando Nebulosa.

— Essa aqui topa tudo. — digo sorrindo.

— Só ela para acompanhar sua rotina.

Alex estende a mão para que eu entregue os cocos e ele os põe no cesto do lixo, o abraço me despedindo e saio com Nebulosa.

Caminho até o inicio da minha rua onde tem um pet shop mesmo de esquina, já tinha deixado ela uma vez e as meninas se apaixonaram.

— Olha só, quem veio da praia hoje. — diz uma das recepcionistas.

— É, alguém não pode entrar em casa suja de areia. — digo e passo a coleira para ela.

— Você vem busca-lá ou quer que a gente deixe? — ela pergunta se agachando para fazer carinho na mesma.

— Vocês podem deixa-lá, eu agradeço muito. Vou fazer o pix e manda o comprovante pra vocês, ok?

Ela assente sorrindo e entra com Nebulosa. Volto para o prédio, entrando ouço o porteiro me chamar. Me aproximo do balcão e ele aponta para umas flores que está logo do meu lado.

— São para vocês. — ele diz entusiasmado.

— Pra mim, Theo? Tem certeza? Meu pai nunca me manda girassóis. — digo desconfiada.

FORBIDDEN TO ME | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora