FORBIDDEN TO ME | Capitão Nascimento

009 | Mastermind.

— Bom diaaa. — a voz de Atena era mais feliz que tudo.

Desperto aos poucos e ponho a mão a cima evitando a luz do sol que bate em meu rosto, vindo da porta de sua varanda.

— Vamos tomar café da manhã e aproveitar a piscina.

Cubro os olhos com o lençol.
— Que horas são? — pergunto.

— Mais de oito e meia, já estou ficando com fome. — ela diz.

Me surpreendo com a hora e me sento rapidamente coçando os olhos.

— Nossa, acordei tarde.
Geralmente estou de pé no sábado no mesmo horário da semana.

— Deve ter se sentir a vontade para dormir mais. Agora vai, deixa de me enrolar e levanta daí.
— ela vai para o banheiro.

— Ana eu não trouxe biquíni. — digo alto.

— Tenho biquínis na etiqueta ainda, escolhe um. — ela sai do banheiro e me olha. — Você vai ficar mais um pouco, tem que me ajudar a escolher minha roupa para mais tarde.

Ainda estou processando tudo que aconteceu de madrugada. Me sinto em uma montanha russa de emoções, Ana está vasculhando sua gaveta procurando algo e não consigo evitar sorrir quando lembro das mãos dele descendo pelas minhas costas e agarrando minha cintura contra o seu colo.

— Kei, terra chamando. — ela estala os dedos na minha frente. — Tem esses três. — diz espalhando os biquínis pela cama.

— Vou vestir o azul. — digo puxando o biquíni e levanto da cama.

Vou até minha bolsa e pego minhas coisas de higiene, calço os chinelos e vou para o banheiro.

— Vou ajudar meu pai com a merenda, espero você na cozinha.

Saio rapidamente do banheiro.
— Você tem outra saída de banho? — pergunto.

— Claro, na ultima porta. — ela sai fechando a porta do quarto.

Fico me encarando no espelho e quando me mexo sinto algo me pinicar. É o fecho do meu sutiã que dormiu aberto, nem me toquei na hora voltei para cama porque quando me deitei ainda conseguia sentir os lábios dele nos meus.
Tomei um banho leve, em seguida fiz minha skin do dia e escovei os dentes.

Vesti uma saída de banho longa e não muito transparente, não quero sair passeando semi nua enquanto ele está por perto. Depois de ficarmos pela primeira vez, talvez ele nem disfarçe — ele já disfarçava mal — e eu tenha que ficar fugindo do mesmo espaço que ele.

Saio do quarto e sigo para cozinha, cada vez que eu chegava mais perto meu coração batia mais forte, queria manter minha expressão sem que o clima ficasse estranho.

Quando cheguei, Ana estava ajeitando a mesa e ele estava no fogão. Ele estava concentrado mas ao notar minha presença olhou rapidamente na minha direção, seus olhos sorriam para mim e eu retribui da mesma maneira de sempre.

— Bom dia, Keila. — ele diz enquanto retira a frigideira do fogão e põe os ovos no prato.

— Bom dia. — digo indo para mesa.

Ana puxa uma cadeira e pede que eu sente ao lado dela. Quando me sento, percebo ela olhar para os meus seios e inclinar a cabeça.

— Faz assim. — ela indica que eu abra a saída de banho.

— É, realmente vestimos o mesmo número. — olho para mesa e pego uma uva.

— Ficou perfeito em você.

Ana serve até as mínimas coisas para mim, Roberto chega na mesa calado, olho em todas as direções mas ainda não consigo encara-ló por mais de cinco segundos.