Quando volto do quarto, ela está passando água em duas taças, logo se vira as colocando em cima do balcão e quando me vê abre um sorriso.
— Vem, abre a garrafa, não sou muito boa com isso. — ela diz e se senta no banco.
Vou até as gavetas do armário e pego o saco rolhas, ela está ajeitando as coisas sobre o balcão e coloca a garrafa mais próxima de mim.
— Você sabe tocar? — pergunto enquanto tiro o lacre do vinho.
— Hã? — ela diz tirando sua concentração.
— O piano, eu notei você namorar com ele enquanto estava aqui. — sirvo o vinho e afasto a taça para ela. — Pode tocar, se quiser?
— Jura? — ela diz surpresa pegando a taça. — Eu adoraria.
— Todo seu então, meu amor. — indico com a taça para que ela vá até o piano.
Mais uma vez, um sorriso estampa em seu rosto e ela levanta indo até o piano. Acompanho ela, a mesma senta levantando a tampa do teclado, me escoro um ponto na ponta do piano e a observo.
Ela põe a taça mais em cima a sua frente e me olha.— É você ou Ana que sabe tocar?
— Obvio que é ela. — sorrio. — E eu amo ouvi-lá tocar.
— Gosta disso? — ela começa a tocar e tento reconhecer.
No começo parece indecifrável, mas logo desvendo.
— Ah, nossa. — digo fechando os olhos encantado.
— Você sabe que eu só penso em você, você diz que vive pensando em mim, pode ser, se é assim, você tem que largar a mão do não.
Prendo o sorriso mordendo o lábio, ela faz uma pausa e da dois tapinhas no banco para que eu sente ao lado dela.
Me aproximo e fico admirando suas mãos deslizar pelo teclado, e sua voz suave.— Só dizer sim ou não..
— Mas você adora um "se". — canto finalizando.
Ela para, pegando a taça e da um gole enquanto me olha.
— A dona encrenca é uma caixinha de surpresas. — digo tirando uma mexa de cabelo caída sobre sua testa.
— Bom, você pode ter mais tempo pra descobrir.
— No que mais você é boa? — pergunto.
Ela vira, apoiando uma das pernas no banco ficando de frente para mim.
— Depende do que você tenha curiosidade. Sou de exatas, sei lutar — ela ergue a taça para mim — fiz ballet dos sete ao quinze anos, sei tocar violão e — aponta para o piano — essa, beleza aqui.— Uau, eu ainda posso tirar dez com você. — digo aproximando meu rosto do seu.
— Nem precisa tentar. — ela encara meus lábios, molhando os seus.
De repente, seu olhar vai para o balcão e ela levanta pegando a taça da minha mão e colocando as duas sobre a tampa do piano.
— Levanta. — ela pede estendendo a mão.
A obedeço, mesmo sem entender.
— Eu sempre quis dançar essa com alguém. — ela diz enquanto me encara.
Estou um pouco distante, a chamo com o dedo e me aproximo do seu corpo sem deixar sem um centímetro nos separando. Ela envolve os braços nos meus ombros e escora a cabeça em meu peito.
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FORBIDDEN TO ME | Capitão Nascimento
FanficTudo na vida de Keila era novo depois de se mudar para o Brasil, incluindo a vida universitária. Sempre fazendo o seu, Keila sempre esteve sozinha até fazer amizade com sua colega de classe, Atena Nascimento. O tempo não foi problema para tanta pro...