𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟔

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Droga! Acordei atrasado

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Droga! Acordei atrasado.

O desespero me atinge assim que percebo que o celular está descarregado. Não faço ideia das horas. Parece que tudo já está dando errado logo cedo. Suspiro frustrado e aperto o passo, tentando alcançar a sala, mas, sem prestar atenção, esbarro em alguém saindo do banheiro. Pelo tom de voz, já sei quem é.

— Mas que merda... — Sasaki começa, mas ao me ver, muda o tom, esboçando um sorriso provocador. — Você realmente não olha por onde anda, não é, tampinha?!

Reviro os olhos, irritado.

— Você é sempre grosso assim com as pessoas?

— Só com quem merece — ele responde com aquele sorriso arrogante de sempre.

Por que ele sempre faz isso? Essa superioridade toda. Antes que eu possa retrucar, ele me interrompe.

— Espera aí, aonde vai com tanta pressa?

— Para a sala, não é óbvio?

— Só que você está esquecendo de uma coisa. Tá atrasado, a primeira aula já começou. O sensei não vai deixar você entrar agora. Vem, vamos pro jardim matar aula.

— Não, obrigado — respondo secamente, passando por ele.

— Beleza. Mas é melhor torcer pra não ser pego por nenhum monitor, ou vai acabar com uma advertência.

Paro no meio do corredor, contrariado. Ele tem razão, e a última coisa que preciso é mais complicação. Respiro fundo, me rendendo à lógica dele, o que só aumenta minha irritação. Acabo o seguindo até um canto isolado do colégio, onde há um jardim escondido, com algumas cerejeiras e bancos de madeira.

— Não sabia que tinha um jardim no colégio.

— Agora sabe. — Ele se senta embaixo de uma árvore.

Me sento ao lado dele. A proximidade me deixa desconfortável, e o silêncio que se instala é pesado.

— Você fuma?—Falo surpreso vendo ele acendendo um cigarro.

— Algum problema com isso? — ele pergunta, soprando a fumaça deliberadamente na minha direção. Eu franzo a testa, e ele ri de leve. — Relaxa, tampinha. Nem todo mundo é certinho que nem você.

— Você sempre precisa ser tão irritante? — pergunto, sem conseguir me conter.

Ele olha para mim por um momento, e pela primeira vez, parece mais... calmo. Seus olhos se voltam para as cerejeiras ao nosso redor, e o sorriso arrogante some, dando lugar a uma expressão mais suave.

— Esse lugar me ajuda a pensar — ele comenta, mais para si mesmo do que para mim. — Longe de todo o caos.

Observo-o de lado, intrigado com essa mudança repentina. Sasaki é sempre tão cheio de si, mas aqui, sob a sombra das árvores, ele parece... diferente. Quase vulnerável.?

Nem tudo são flores (Yaoi/Bl) Onde histórias criam vida. Descubra agora