𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟒

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𝐘𝐮𝐫𝐢 𝐎𝐍

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𝐘𝐮𝐫𝐢 𝐎𝐍

Dois dias se passaram desde o incidente na biblioteca. Meu tornozelo ainda dói de vez em quando. A enfermeira estava certa: o repouso ajudou, mas não estar completamente recuperado significa que estou preso a um ritmo mais lento do que o normal. Caminhar pelos corredores e ir para as aulas agora é um lembrete constante de como me sinto deslocado.

Hoje é sábado, e as saídas para o fim de semana estão liberadas. Meu carro chegou ontem, as chaves me foram entregues por um dos monitores. Mesmo assim, decidi ficar. Não estou 100%, e não é como se houvesse algo ou alguém me esperando em casa. Tanto faz estar sozinho aqui ou lá.

Me viro na cama, observando a luz fraca da manhã atravessar as cortinas do dormitório. A cama do Sasaki está arrumada e suas coisas organizadas. Isso é... estranho. Pelo que notei nos últimos dias, ele não parece ser do tipo que acorda cedo. Provavelmente já saiu para o fim de semana. O que é um alívio, na verdade. Não sei qual o problema dele comigo, mas me irritar parece ter se tornado o passatempo favorito dele, e hoje eu simplesmente não estou com disposição para aturar isso.

Mas por que ele me ajudou aquele dia na biblioteca?

Faço a minha rotina matinal de sempre, termino de me arrumar, visto um conjunto de moletom.

Me forço a afastar esses pensamentos e me levanto. Faço a minha rotina matinal de sempre, visto um conjunto de moletom. Meu plano para fim de semana é simples: descer, pegar algumas besteiras para passar o dia e ficar no quarto jogando ou assistido alguma coisa. Sasaki não está, então não preciso me preocupar. Posso ser eu mesmo... ao menos por instante. Terminou de me arrumar e desço.

𝐘𝐮𝐫𝐢 𝐎𝐅𝐅

𝐒𝐚𝐬𝐚𝐤𝐢 𝐎𝐍

Acordei cedo hoje. Na verdade, cedo demais. Fico irritado só de pensar que meu sono foi interrompido por algo que nem deveria me incomodar. Haruki finalmente aparece no pátio, usando aquele terno preto ridículo e os óculos de sempre. Ele pega o meu cigarro como sempre sem sequer me pedir permissão, como sempre faz.

— Demorou.— resmungo, observando enquanto ele solta a fumaça calmamente.— Trouxe o que pedi?

— Tá tudo aí. — ele joga uma mochila em minha direção. — E vê se dá próxima vez, não esquece suas merdas no meu apartamento. Eu não sou teu empregado.

— Vai se foder. — retruco, pegando a mochila e dando de ombros. — Você não faz isso de graça.

Haruki me observa por um momento, soltando a fumaça. — Seu pai está puto. Quer saber por que você não atende as ligações?

— Foda-se. Não tenho nada para dizer a ele.

Ele me lança um olhar que já conheço bem.— Se continuar ignorando, ele vai acabar aparecendo aqui. Você sabe como ele é.

Nem tudo são flores (Yaoi/Bl) Onde histórias criam vida. Descubra agora