Mensagem de texto

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Chego em casa e logo me encontro com meus pais. Eles confiam em mim, e não há razão para eles duvidarem da palavra de Topper. Meu pai, como sempre, apenas me lembra da importância da competição e dos treinos.

— Só não esquece da competição, Merlia. O treino é crucial agora — ele diz, o tom preocupado, mas ao mesmo tempo confiante.

Eu sorrio e aceno. Sei que ele só quer o melhor para mim, e eu também não posso me dar ao luxo de perder o foco.

— Não vou esquecer, pai, prometo — respondo, sentindo um pequeno aperto no peito. A pressão que a competição traz é sempre constante.

Depois da nossa conversa, vou direto para o mar. É o único lugar que consegue colocar minha mente no lugar quando estou com a cabeça cheia. Ao mergulhar, sinto a água salgada me envolver e, por alguns momentos, tudo ao meu redor desaparece. O peso das últimas horas, as mentiras contadas, a confusão... tudo isso parece se dissipar quando me entrego às ondas.

A melhor coisa sobre o mar é que ele é implacável e purificador ao mesmo tempo. Ele me exige, me desafia, e ao mesmo tempo me acolhe. Mergulho fundo, literalmente, e sinto como se cada movimento da prancha contra as ondas fosse uma conversa silenciosa entre nós. Aqui, não há mentiras. Só eu, a prancha, e o oceano.

Fico no mar por horas, repetindo manobras, testando minha resistência e me empurrando além dos meus limites. Não paro até que meus músculos estejam cansados e minha mente esteja, finalmente, limpa.

Quando o sol começa a descer no horizonte, volto para casa. O banho quente é um alívio para os músculos doloridos e para a pele salgada. Ainda estou exausta da festa, e, além disso, minha fome é gigantesca. Meus pais, sempre atentos, deixaram uma janta separada para mim. Eu sorrio enquanto devoro cada garfada, o estômago agradecendo.

Sentada à mesa, com meu cabelo ainda úmido e o cansaço tomando conta, pego meu celular para conferir as mensagens que perdi ao longo do dia. E é então que algo me surpreende. No meio das notificações triviais, há uma mensagem de um número que eu não conheço.

"— Eae Miami, é o Rafe Cameron. Como você está?"

Por um segundo, fico estática. Rafe Cameron. A última pessoa que eu esperava ver enviando uma mensagem. Como ele conseguiu meu número? Eu não lembro de ter passado para ele... Algo não está certo.

Rápida, digito a resposta, tentando disfarçar minha surpresa, mas com uma pontada de curiosidade.

"— Como você conseguiu meu número?"

Outer Banks: a surfista misteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora