Tempestade

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A noite, meus irmãos, Pérola e Tristan, insistiram para que eu dormisse com eles na sala. Eles sentiam minha falta, algo que eu, apesar de não admitir com frequência, também sentia. Entre risadas abafadas e conversas até tarde da noite, acabei adormecendo no tapete macio, cercada pela segurança que só a companhia deles me trazia.

Acordamos com o sol ainda tímido, e o cheiro irresistível de sanduíches quentes preenchia a sala. O aroma forte do café recém-passado invadia o ambiente, fazendo nossos estômagos roncarem de fome. Meus pais, sempre pontuais e organizados, já haviam preparado a mesa para o café da manhã. Mamãe, com seu sorriso acolhedor, nos chamou à mesa enquanto papai folheava um jornal, levantando os olhos de vez em quando para garantir que estávamos ali.

– Bom dia, dorminhocos! – Mamãe brincou, colocando mais uma travessa de frutas frescas sobre a mesa.

Sentamos todos juntos para o café, e o ambiente estava acolhedor, como sempre. Entre goles de café e conversas casuais, meu pensamento já estava no que viria a seguir. Hoje era o dia em que sairia com Rafe Cameron, e ele viria me buscar em casa.

Enquanto subia as escadas para o meu quarto, uma mistura de excitação e apreensão me dominava. A última vez que o encontrei, ele estava com uma garota ruiva, e a cena de ambos juntos, rindo e conversando bem próximos, ainda estava gravada na minha mente. Parecia que ela estava se jogando para cima dele, e eu saí sem sequer ouvir o que ele tinha a dizer. Talvez por isso uma parte de mim estivesse tão curiosa agora. Eu queria respostas, mas, acima de tudo, queria entender o que tanto me atraía em Rafe. Eu não sabia exatamente o que era, mas parecia que havia algo nele que me puxava, mesmo com todos os meus receios.

Ao chegar no meu quarto, peguei o celular e, hesitante, mandei uma mensagem para o Topper. Sabia que ele queria sair comigo hoje, mas precisava ser honesta – sem revelar demais. Digitei rapidamente:

"Oi, Topper! Hoje não vai dar para a gente sair, combinei um encontro e já estou me arrumando. Podemos deixar para outro dia?"

Enviei a mensagem sem mencionar o nome de Rafe. Não queria lidar com as perguntas e preferia não expor demais a situação.

Em poucos segundos, o celular vibrou com a resposta de Topper:

"Encontro? Humm, entendi. Pode deixar! Mas quero saber de tudo depois, hein? Principalmente quem é o sortudo!"

Sorri com a resposta dele. A leveza e flexibilidade de Topper sempre me deixavam tranquila. Ele era o tipo de amigo que sempre apoiava minhas decisões, sem cobranças, apenas por se importar. Com isso, senti um pouco mais de coragem para encarar o que viria a seguir.

Outer Banks: a surfista misteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora