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A chuva caía como uma cortina densa, nos encharcando completamente enquanto corremos para nos abrigar debaixo do píer da casa de Rafe. Eu não conseguia conter o riso. Estávamos ensopados, mas, de alguma forma, aquilo parecia perfeito, quase como uma cena de filme. Olhei para ele, ainda rindo, e então, num impulso, me joguei em seus braços, abraçando-o com força.

Rafe me envolveu num abraço caloroso, apertando-me de volta. Havia algo em seus braços ao meu redor que me dava uma sensação de segurança, como se, apesar da tempestade que nos cercava, tudo estivesse exatamente onde deveria estar. Ele me olhou com um sorriso brincalhão, mas seu olhar logo se voltou para o horizonte, onde a tempestade parecia ganhar força.

— Acho que isso não é só uma chuva — ele disse, sério, olhando para as nuvens escuras que se acumulavam. — Pode ser um ciclone chegando.

Abracei-o com mais força, a adrenalina correndo pelo meu corpo. Rafe tinha razão – a situação estava ficando séria.

— Eu tenho que ir para casa — falei, tentando controlar a preocupação.

— De jeito nenhum — ele respondeu rapidamente, segurando meu braço com firmeza, mas seu tom era cuidadoso. — Você não vai a lugar nenhum nessa chuva. Vem, vamos para dentro.

— Mas Rafe, eu não quero te atrapalhar. Sua família está toda em casa.

— Fica quietinha e vem comigo.

Com isso, ele me puxou pela mão, e começamos a correr na direção da casa. A chuva caía ainda mais pesada, e a cada passo que dávamos, trocávamos risos e olhares que faziam tudo parecer menos assustador. Estávamos molhados, com o vento nos empurrando para trás, mas o momento era tão intenso e surreal que só conseguimos rir. Rafe apertava minha mão com força, e eu sentia uma confiança crescendo entre nós, como se, mesmo diante da tempestade, nada pudesse nos derrubar.

Quando finalmente cruzamos a porta da casa, paramos por um segundo, ambos ofegantes, com a água escorrendo de nossos cabelos e roupas. O ar estava carregado, e meus olhos encontraram os dele de uma forma intensa. Ele ainda segurava minha cintura, e, por um breve momento, senti a mão dele deslizar até as minhas costas, me puxando para mais perto.

Mas, antes que qualquer coisa pudesse acontecer, uma voz ecoou pelo corredor.

— Rafe! Onde você está? — A voz do pai dele vinha se aproximando.

Os olhos de Rafe se arregalaram, e ele se afastou ligeiramente, ainda me segurando pelo braço.

— Sobe a escada, rápido — ele sussurrou, me empurrando gentilmente na direção da escada. — Vai para o meu quarto, eu te encontro lá.

Outer Banks: a surfista misteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora