12 capítulo : colecionando corações ou pedaços deles

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Estávamos em uma corrida contra o tempo, e a pressão estava começando a me deixar ansiosa. Papai estava prestes a chegar, e o pensamento de que ele poderia nos pegar fazia meu coração acelerar. Letícia, sempre tão confiável, estava ao meu lado, tentando manter a calma apesar da urgência da situação.

Ela me levou por um caminho que eu mal conhecia, um atalho escondido entre as ruas que parecia mais um labirinto do que uma rota. Cada curva parecia uma eternidade, mas a determinação de Letícia nunca vacilou. Eu a observava, admirando sua confiança e habilidade em manobrar pelas ruas desconhecidas.
Finalmente, depois de muitos desvios e uma corrida que parecia durar uma eternidade, chegamos ao nosso destino. O alívio foi palpável quando vimos que papai ainda não havia chegado. Letícia deu uma última olhada para o relógio e, com um sorriso satisfeito, me fez um sinal para entrar. Respirei fundo, meu coração ainda acelerado, mas agora com um sentimento de vitória. Havíamos conseguido. Apesar do caminho desconhecido e da pressão constante, Letícia me guiou com uma precisão admirável. A tensão se dissipou, substituída pela satisfação de termos chegado a tempo, sem que papai nos notasse.

Depois do almoço, papai me chamou para uma conversa. Eu sabia que ele estava prestes a me fazer perguntas importantes, e meu coração estava apertado com o que poderia vir a seguir. Ele me encontrou no jardim, onde o ar fresco parecia um pequeno alívio para o nervosismo que eu sentia.

—(olhando-me com uma expressão preocupada e carinhosa): "Alice, como você está? Estava pensando em como você está se ajustando a tudo isso."

Eu respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas para responder. Era a primeira vez que ele perguntava se eu estava bem, deste que cheguei. Não era apenas uma questão de como eu estava fisicamente, mas também emocionalmente. A conversa com papai sempre tinha um peso adicional.

— (tentando manter a calma): "Estou bem, pai. Só um pouco cansada com toda a correria."
Papai assentiu, parecendo refletir sobre minhas palavras antes de continuar.

—"E quanto ao Ricardo? O que você acha dele? Afinal, ele vai ser seu marido."

Eu hesitei, sabendo que qualquer resposta poderia desencadear uma discussão. Ricardo era, sem dúvida, encantador, mas ele não era quem eu amava. A ideia de ter que me casar com ele estava me sufocando.

— (com um tom hesitante): "Ricardo é encantador, pai, mas eu ainda acho que está cedo para falarmos sobre isso. Eu... não sinto que estou pronta para um compromisso tão sério com ele."

Papai franziu a testa, e eu podia ver a frustração começando a tomar conta de seu rosto.

—(com uma voz firme): "Alice, eu entendo que você tenha suas dúvidas, mas ele é um bom homem. Tem dinheiro e um bom status social. Às vezes, precisamos ser gratos pelas oportunidades que a vida nos oferece. E eu sou uma pessoa experiente e sei o que é melhor para você deve considerar isso com seriedade."

—"além disso só dos casamos com pessoas do nosso ciclo social."

Senti um peso no peito ao ouvir suas palavras. Eu sabia que papai estava tentando o seu melhor para me guiar, mas a ideia de me casar com alguém apenas por conveniência estava me atormentando.

—(com um tom de desânimo): "Eu entendo, pai. Mas eu ainda preciso de mais tempo para pensar sobre tudo isso."

—(com um olhar resoluto): "Eu compreendo, mas lembre-se de que este é um bom partido. Depois não venha chorar, Às vezes, o que precisamos não é o que desejamos, mas o que é melhor para nós. Confie em mim, Alice."

—"espero que não tenha esquecidos dos seus ensinamentos."

—"não esquece. Chamais deshonraia a família."

Na mira do Caçador( Livro 1- mulheres fatais na máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora