Capítulo 1

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As tardes de sábado no pátio do Café Du Berry, na Parade Street, eram para beber durante o dia, olhar para os turistas e fofocar sobre os tabloides semanais. Draco esperava ansiosamente pelas tardes de sábado durante toda a semana e, no entanto, mal eram duas e meia da tarde e ele já estava fazendo careta para o champanhe. Era uma pena, pois o Perrier-Jouet não tinha feito nada para provocar sua ira. Blaise Zabini, por outro lado...

— Ele está zombando de mim, Pans. Ele quer que eu sofra — Draco disse. — Ele quer que eu sofra publicamente e quer assistir, esse bastardo sádico.

Pansy inclinou a cabeça, mas sua atenção estava na bunda do garçom que se retirava.

— Eu não duvidaria disso. Blaise gosta de fazer cena e nunca se conteve por sua conta. Mas você tem certeza de que não é simplesmente uma questão de negligência egoísta e não de sadismo? Talvez ele não tenha parado de pensar em si mesmo por tempo suficiente para perceber que também terá a alegria de torturar você.

Draco fez uma careta, mas o efeito foi atenuado quando Pansy acenou com a mão irreverente e pelo menos três dos anéis de diamante que adornavam seus dedos captaram a luz e o cegaram.

— Tente ser razoável, Draco — ela disse. — Você sabe que o Brut deixa você dramático.

— Você acha que estou sendo dramático — ele afirmou categoricamente, estreitando os olhos para ela por cima da borda de sua taça de champanhe.

— Acho que é uma possibilidade distinta, sim.

— Merlin, preciso de novos amigos — Draco suspirou. Ele esvaziou o resto do champanhe, depois pegou a garrafa do balde e encheu a taça até a borda. — Amigos que me respeitam.

— Então vá procurar alguns Lufa-Lufas legais e chatos, querido — Pansy disse encolhendo os ombros.

— Quais são as chances de Noah não aparecer na festa estúpida de Blaise?

Pansy balançou a cabeça.

— Pequena a nenhuma, receio. Blaise prometeu um open bar.

Draco bufou. Noah sempre foi um pão-duro.

— Você acha que eu poderia subornar Blaise para retirar seu convite?

— Mesmo você não é tão rico, Draco. E eles trabalham juntos. Seria impróprio.

Draco rosnou porque não adiantava nada. Ela estava certa.

— Vou parecer um idiota se aparecer sozinho.

— Certamente.

— E se eu trouxer alguém, não pode ser qualquer um. Será necessário um upgrade óbvio.

— Hum, um upgrade no principal conselheiro do Ministro?

— Ele é um secretário glorificado, Pans. Um assessor, na melhor das hipóteses — Draco argumentou, e teve certeza de que podia vê-la revirar os olhos sob os óculos Chanel. — Preciso aparecer com alguém melhor que ele. Alguém muito mais apto.

— Sim, de preferência.

— Isso me dá, o quê, seis semanas para encontrar alguém mais rico, mais famoso e mais bonito do que meu ex bastardo, fazê-lo se apaixonar desesperadamente por mim e concordar em comparecer comigo à ridícula festa de aniversário de Blaise?

— É uma tarefa difícil, admito.

— Você não está ajudando, você sabe — Draco retrucou. Ele cutucou um prato de aperitivos intocados no centro da mesa com um dedo. A comida no café era muito boa, embora Draco só viesse para a excelente seleção de espumante francês, e Pansy só viesse para admirar os garçons. Isso, e estava convenientemente localizado entre os escritórios da revista onde Pansy trabalhava e o apartamento de Draco em Chelsea.

Chasing Dragons | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora