Capítulo 7

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O sol estava baixo no céu quando eles voltaram para a cabana de Weasley, lançando longas sombras sobre as colinas. Weasley estacionou o jipe ​​no celeiro enquanto Potter pegava cervejas na geladeira. Eles se acomodaram na varanda; Weasley em uma velha cadeira de balanço com as botas apoiadas no corrimão, e Draco e Potter em duas cadeiras de madeira frágeis com tinta vermelha descascada.

Draco tomou um longo gole de sua cerveja, o líquido leve e fresco contra sua garganta queimada pelo vento, e então a colocou em um barril que foi reaproveitado como mesa. Ele abriu o kit médico que guardava no bolso da jaqueta enquanto Potter esticava o braço machucado. Draco extraiu um carretel de linha cirúrgica e seus óculos de leitura, que colocou na ponta do nariz, e puxou o braço de Potter sobre suas coxas. Ele removeu os feitiços de sutura temporários e antes que a ferida sangrasse, começou a trabalhar em uma fileira organizada de pontos, sua varinha guiando suavemente o fio.

— Eu não sabia que você usava óculos — Potter disse, confuso.

— Imagino que haja uma longa lista de coisas que você não sabe, Potter — Draco murmurou.

— É só que... parece que me lembro de alguém zombando de mim naquela época.

Draco ergueu os olhos de seu trabalho, por cima de suas molduras.

— Isso é porque os seus são horríveis e os meus são Prada.

Weasley riu e tomou um gole de cerveja, sua cadeira rangendo enquanto ele balançava para frente e para trás.

Potter estremeceu quando Draco puxou o fio um pouco áspero. Com a mão livre e sem dizer uma palavra, Potter pegou uma garrafa de uísque na cozinha. Ele tirou a rolha com os dentes, cuspiu-a e tomou um longo gole direto da garrafa. Ele suspirou.

— O que você é, um pirata? — Draco disse. — Eu tenho feitiços para dor, você sabe.

— Não dói — Potter respondeu. Ele se acomodou mais na cadeira e fechou os olhos, os dedos enrolados em volta do gargalo da garrafa.

Draco estalou para ele e voltou às suturas. Quando terminou, ele recostou-se e empurrou os óculos no cabelo, admirando seu trabalho perfeito.

— Isso deve estar curado amanhã. Os pontos vão se desintegrar sozinhos, desde que você não mexa neles. — Ele tirou o braço de Potter de seu colo. — Tente não montar em nenhum dragão esta noite, certo?

Os olhos de Potter se abriram, escurecendo visivelmente, e Weasley assobiou.

Draco apenas olhou de volta, embora a insinuação enviasse uma onda de calor ao seu rosto que ele esperava estar escondido pela escuridão crescente.

— E sirva-me um pouco disso, sim? — Ele apontou para o uísque na mão de Potter. — Em um copo, se você tiver um.

Potter bufou e pegou um copo na cozinha, embora seus olhos permanecessem no rosto de Draco. Ele pegou o copo no ar sem sequer olhar para ele e serviu dois dedos de uísque, que passou para Draco, sua mão permanecendo no copo até que Draco o puxou com uma carranca.

Beberam em silêncio por um tempo. Em algum momento, Weasley desapareceu na cozinha e voltou com comida. Não havia pratos, apenas uma tábua de madeira com carnes assadas, ainda frias da geladeira, queijo picante, ovos cozidos com sal e pimenta e tomates aquecidos pelo sol, pingando azeite e vinagre doce. Eles comiam com as mãos e falavam muito pouco - apenas Weasley e Potter discutiam os reparos necessários nas proteções, a migração dos hipogrifos e se os cavalos selvagens alados Granian retornariam no outono.

Potter colocou mais dois dedos no copo de Draco, embora ele não tenha pedido, e eles beberam até o sol se pôr atrás das colinas e as estrelas aparecerem no manto aveludado da noite.

Chasing Dragons | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora