Rain Bennett
Está muito frio aqui, eu e minha avó estamos congelando do lado de fora, é inverno e a temperatura pode cair abaixo de 0°C.
Em algumas regiões o clima é equilibrado, mas o interior contém um clima mais continental, ou seja, vou sofrer com as variações de temperatura porque elas são maiores entre as estações."Seu avô está chegando, vamos pegar as malas." -Disse Amélie, se esquentando com as mãos.
"Tudo bem..." -Respondo, seguindo em frente.
As fileiras do bagageiro estão lotadas, parece que todos decidiram voar para o mesmo destino. Tento procurar um buraco vazio para me enfiar, mas o empurra e empurra dificulta tudo. Algumas pessoas de idade esperam aos montes, enquanto pessoas como eu se matam na multidão.
"Rain, onde você está?" -Escuto minha avó, me chamando de longe, mas não consigo vê-la.
De repente, alguém aparece na minha frente em um estrondo, minha cabeça dói um pouco e um homem corre desesperado na direção do menino que esbarrou em mim.
Eles murmuram coisas em alemão, que demoraram para fazer algum sentido:
"Garoto Zane, está tudo bem?" -Perguntou o homem, todo engomadinho."Estou bem, por que esse lugar está cheio dessa forma?" -Disse ele, me ignorando.
"As tempestades de neve impediram alguns aviões de decolar." -Respondeu, seu amigo? Empregado? Pai? Padrasto? Não faço a menor ideia.
Notei que o tal do Zane não demonstrava qualquer tipo de educação, então, aproveitei o espaço livre que seu corpo deixou no acesso à rampa de bagagens. Por sorte, minhas malas estavam se aproximando da esteira e eu não ficaria plantada aqui por muito tempo.
Infelizmente, ao caminhar em direção a saída, encontrei minha avó parada e encostada na parede, conversando com o homem engomadinho do bagageiro.
"Vovó, peguei nossas malas." -Comentei, me aproximando deles.
"Pensei que tinha te perdido, seu avô está estacionado logo ali." -Disse ela, apontando na direção do carro desejado.
Havia algo errado, seus olhos estão distantes e aquele homem do bagageiro olha para ela atentamente, como se esperasse algo dela.
"Olá senhorita, é um prazer te conhecer." -Disse ele, estendendo as mãos para mim.
"Oi." -Respondo, com um sorriso amarelo.
"Sua neta é linda, Amélie." -Comentou ele novamente, deixando minha avó desconfortável mais uma vez.
"Obrigada, mas nós precisamos ir." -Respondeu ela, me puxando para longe do homem.
"Adeus senhorita, não esqueça do que falei." -Se despediu, enquanto caminhávamos para longe.
Quando alcançamos uma distância segura, eu tomei coragem para perguntar o que tinha acontecido para ela:
"Vovó, o que aconteceu? Você está estranha, aquele homem te falou algo perturbador?""Não é nada, apenas um homem comum que eu conheço." -Suas expressões não revelavam essa resposta, suas sobrancelhas estão franzidas, seus olhos estão estreitos e ela apertou sua mandíbula constantemente.
"Certeza? Ele me pareceu estranho no bagageiro." -Minha fala parece desconcertar-lhe.
"Bagageiro? Você teve algum contato com ele antes disso?" -Questionou ela, com uma preocupação apontando no ar.
"Não exatamente, um tal de Zane esbarrou em mim e ele veio conferir a situação do garoto." -Contei.
"Ele falou com você? O garoto, esse Zane disse algo?" -Perguntou ela, levemente exaltada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tiefen ( Em revisão de escrita)
Romance⚠️Dark romance ⚠️ A história acompanha a jornada de uma jovem que sofreu um grave acidente de carro, ela acorda sem memória e cercada por estranhos. Incapaz de se lembrar de quem é ou de como chegou ali, ela embarca em uma busca incansável pela verd...