Capítulo 13 (Part 1)

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Rain Bennett

(Atenção, esse capítulo contém temas sensíveis. Por favor, alguns assuntos podem criar gatilhos nas pessoas. O capítulo 13 contém descrição de ataques de pânico, descrição explicita de acidentes e morte.)

"Rain, acho que seu celular está tocando." -Avisou Athena, apontando para minha bolsa.

Um toque baixo ressonava baixinho do meu lado, uma coisa rara de acontecer naquele horário. Hunter não me ligaria, Alina está ocupada com sua gestação e meus avós estão ocupados no escritório.

"Não vai atender seu celular?" -Perguntou Seth.

O amigo de Athena fitava meus olhos, abismado com minha presença, ele questionava minhas falas constantemente, enquanto Damon ficava em silêncio e brincava com a comida no seu prato, inquieto, ele analisava meu prato.

"Deve ser trote, ninguém ligaria para mim neste horário." -Respondi, terminando de limpar minha bandeja.

"Seus pais moram com você?" -Disse Damon, finalmente notando minha presença ao seu lado.

"Eles não podem se mudar, moro com os pais da minha mãe." -Digo, pegando meu trabalho na bolsa.

"Os Dixon te aceitaram tão facilmente? Para ser sincero, não achava que eles tinham filhos." -Disse Serh.

"Que pergunta desnecessária, ela é neta deles." -Argumentou Athena.

"Posso perguntar uma coisa? Por que todos agem dessa maneira quando digo que sou da família Dixon?" -Perguntei, na esperança de conseguir uma resposta válida.

"Ignore esses dois, eles são idiotas." -Disse Athena, me interrompendo.

"Dizem por aí, que Logan Dixon é um assassino de aluguel e matou pessoas muito importantes." -Falou Seth, forçando uma voz grave e fazendo gestos zoados.

"Ele não matou um cara chamado Mi-Mi-Michael, isso, nos Estados Unidos?" -Falou Damon, fazendo meu coração disparar.

"Parem com essa grosseria...Rain, você está bem? Seu rosto está pálido." -Perguntou Athena, preocupada.

"Estou sim, só preciso ir ao banheiro." -Comentei, me levantando e caminhando na direção do corredor.

O corredor é longo, minha respiração está descontrolada, minha pele transpira como nunca e meu peito dói. Aumento meus passos, mas minhas pernas estão falhas, meu corpo parece cansado e minha noção de tempo está uma bagunça. Minha visão turva dificulta tudo e não existe qualquer banco em que eu consiga me apoiar.

As pessoas ao meu redor não facilitam minha escapatória, os grupos se amontoam nos armários e falam muito alto, meus ouvidos doem e apitam. Deixando tudo mais agoniante, tentei desviar de todos, porém aquela multidão é interminável.

Quando cheguei na frente do banheiro, uma fila enorme se estendia na frente da porta.

Meu coração lateja novamente, meu corpo treme e não sinto nada, além de desespero. Lágrimas escorrem bruscamente, me deixando desesperada.

"Moça você está bem?" -Perguntou, uma criança segurando minhas mãos.

Olho para ela assustada e limpo minhas lágrimas, as pessoas ao meu redor cochicham e gargalham entre si, não consigo responder a pequena garotinha porque minha voz está presa na garganta.

Tiefen ( Em revisão de escrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora