capítulo 33

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A pedido de Simone, Rebeca dirigiu para um hospital particular o que demorou alguns minutos a mais de viagem, quando a mais nova estacionou na frente do hospital, o nariz de Simone já não sangrava e ela não sentia tontura, era como se nada tivesse acontecido mas mesmo assim elas foram para dentro do hospital e Simone acabou ficando em um quarto.

Simone estava em silêncio, sentia medo do que poderia ser aquilo pois nunca sentiu algo parecido. Com Rebeca sentada ao seu lado segurando sua mão, elas ficam agitadas esperando um médico chegar e quando um homem de meia idade entra no quarto usando um jaleco branco, ele se apresenta como Doutor Henrique e começa a perguntar sobre o que Simone sentia, desde a azia até o sangramento nasal.

- Será que é algo grave? - Simone questiona. O médico aperta os lábios, coça a testa e olha para a prancheta que segurava.

- Vamos fazer alguns exames para descobrir o que você tem mas não precisa se preocupar, Simone. - o homem a tranquiliza mas não tendo uma resposta positiva, Simone sente seus batimentos cardíacos aumentarem e uma forte vontade de chorar a atinge - Vamos colher uma amostra de sangue e você ficará em observação, pelo menos até amanhã.

- Tudo bem. - balança a cabeça.

Quando o médico se retira, algumas enfermeiras entram no quarto para coletar algumas amostras de sangue e Simone tenta segurar o choro amedrontado a todo custo, no momento que as mulheres saem, ela vira o rosto para Rebeca e engole seco.

- Estou com medo. - murmura sentindo as lágrimas começarem a se acumular em seus olhos.

- Vai ficar tudo bem. - acaricia sua mão, não demonstrando o quanto estava assustada - Eu pedi para a Rafa chamar a babá e pedi para que ela não venha, é melhor a Rafa ficar com a Cecília para ela não perceber o que aconteceu.

- Isso é ótimo. - balança a cabeça piscando algumas vezes para dispersar as lágrimas.

- Relaxa. - sussurra beijando sua mão.

Simone volta a se calar sem soltar a mão de Rebeca, olhando a sua volta. Não gostava de ficar internada em hospitais, a deixava ansiosa. Com sua cabeça trabalhando nas inúmeras possibilidade indo desde a sinusite até algo mais grave, quando percebe as lágrimas estavam escorrendo por sua bochecha e Rebeca se apressava para as enxugar, beijar sua testa sussurrando que estava tudo bem.

Pelo soro que recebia na veia, Simone começa a ficar sonolenta vindo a adormecer agarrada a mão da namorada.
Enquanto Rebeca trocava algumas mensagens com Rafaela, acalmando a garota dizendo que estava tudo bem, ela observava o sono de Rebeca que parecia conturbado.

Inquieta, Rebeca andava de um lado para o outro perto da pequena televisão do quarto, apertando o celular entre seus dedos, ela percebe que tinham se passado poucos minutos. Pesquisando ela mesma os sintomas de Simone no google para tentar se acalmar, ela fica ainda mais aflita ao ler "leucemia" em dois lugares.

Apertando os olhos e respirando fundo, ela olha para Simone que ainda dormia.
Decidindo sentar no sofá, Rebeca apoia os cotovelos nos joelhos e afunda o rosto nas mãos, se alguém não chegasse logo com alguma resposta, Rebeca enlouqueceria de preocupação.

Seus olhos param sobre a porta no momento exato que o Doutor Henrique passava por ali, levantando as pressas, ela sai do quarto e o chama.

- Algum problema? - Henrique questiona com cordialidade.

- Eu queria saber, tem alguma possibilidade de ser câncer? - pergunta demonstrando o quanto estava assustada.

- Bom, Rebeca. - olha para dentro do quarto - Sua mulher não tem caso de câncer na família, puxei o histórico clínico dos parentes e somente um teve câncer mas não tem quaisquer ligação sanguínea com ela, por esse motivo as chances são baixas mas estamos fazendo exames para descartar tudo.

SINGULAR - rebiles (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora