♡ κεφάλαιο 3 ♡

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  °~•♡ uma deusa me faz uma oferta♡•~°

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Eu sei que ja estava a beira de surtar, mas agora não era a melhor das horas, não quando aquela garota de doze anos me disse que era a deusa Ártemis, Percy disse algo muito inteligente, do tipo: “Hã... o.k.”
Isso não foi nada comparado a  mim e Grover. Ele arquejou, então se ajoelhou na neve e começou a tagarelar, eu faria o mesmo se não tivesse vergonha.

— Obrigado, Senhora Ártemis! A senhora é tão... é tão... Uau!

— Levante-se, menino-bode! — disse Thalia. — Temos outras coisas com que nos preocupar. Annabeth desapareceu!

— Epa — disse Bianca di Angelo. — Esperem. Tempo.

Todos olharam para ela, que apontou o dedo para cada um de nós sucessivamente, como se estivesse
tentando ligar os pontos.

— Quem... quem são vocês?

A expressão de Ártemis se suavizou.

— Talvez seja melhor perguntar, minha querida, quem é você? Quem são seus pais?

Bianca lançou um olhar nervoso para o irmão, que ainda olhava estupefato para Ártemis.

— Nossos pais morreram — disse Bianca. — Somos órfãos. Um fundo de curadoria paga a nossa escola, mas...

Sua voz falhou. Acho que estava vendo em nossos rostos que não acreditávamos nela.

— O que foi? — perguntou ela. — Estou dizendo a verdade.

— Sois uma meio-sangue — disse Zoë Doce-Amarga. Era difícil identificar seu modo de falar. Soava antiquado, como se ela estivesse lendo um livro muito velho. — Um de vossos pais era mortal. O outro
era um olimpiano.

— Um atleta... olímpico?

— Não — disse Zoë. — Um dos deuses.

— Legal! — exclamou Nico.

— Não! — A voz de Bianca tremeu. — Isso não é legal!

Nico se remexia ao redor de nós como se precisasse ir ao banheiro.

— Zeus tem mesmo raios que podem causar danos de seiscentos pontos? Ele ganha pontos extras por...

— Nico, cale a boca! — Bianca levou as mãos ao rosto. — Esse não é seu estúpido jogo de Mitomagia, o.k.? Deuses não existem!

Por mais ansiosa que eu estivesse por causa de Annabeth, tudo o que queria era sair à procura dela, não podia deixar de ter pena dos irmãos di Angelo. Eu me lembrava de como tinha sido para mim
descobrir que era um semideus. Eu fui literalmente sequestrada por alguém e tive que gritar com Ares para ser reclamada.

Thalia devia estar sentindo algo semelhante, porque a raiva em seus olhos amainou um pouco.

— Bianca, sei que é difícil acreditar. Mas os deuses ainda estão por aqui. Acredite em mim. Eles são imortais. E sempre que têm filhos com humanos comuns, filhos como nós, bem... Nossas vidas tornam-se
vulneráveis.

— Vulneráveis — disse Bianca —, como a garota que caiu.

Thalia se afastou. Até mesmo Ártemis parecia compadecida. A vista de Annie vaindo volta com tudo.

— Não se desespere por Annabeth — disse a deusa. — Ela era uma jovem corajosa. Se puder ser encontrada, eu vou encontrá-la.

— Então por que não nos deixa procurar por ela? — perguntou Percy.

— Ela se foi. Não consegue sentir, Filho de Poseidon? Alguma magia está em ação. Eu não sei exatamente como nem por quê, mas sua amiga desapareceu.

Eu ainda queria saltar do penhasco e sair à procura dela, mas tinha a sensação de que Ártemis estava certa. Annabeth se fora. Se ela estivesse lá embaixo no mar, pensei, Percy seria o primeiro a saber.

— Ah! — Nico ergueu a mão. Que fofo. — E o dr. Espinheiro? Foi incrível aquilo de você acertar flechas nele! Ele está morto?

— Ele era um manticore — informou Ártemis. — Tomara que esteja destruído por ora, mas os monstros nunca morrem de verdade. Eles renascem repetidamente e devem ser caçados sempre que
reaparecerem.

— Senão, eles nos caçam — disse Thalia.
Bianca di Angelo estremeceu.

— Isso explica... Nico, lembra-se, no verão passado, daqueles caras que tentaram nos atacar numa ruazinha de Washington?

— E aquele motorista de ônibus — lembrou Nico. — Aquele com os chifres de carneiro. Eu disse que aquilo era de verdade.

— É por isso que Grover estava de olho em vocês — expliquei. — Para mantê-los em segurança, se fossem mesmo meios-sangues.

— Grover? — Bianca o fitou. — Você é um semideus?

— Bem, um sátiro, na verdade. — Ele atirou para longe os sapatos e mostrou os cascos de bode.

Pensei que Bianca fosse desmaiar ali mesmo.

— Grover, calce novamente os sapatos — disse Thalia. — Você a está assustando.

— Ei, meus cascos são limpos!

— Bianca — disse eu —, viemos aqui para ajudar vocês. Você e Nico precisam de treinamento para sobreviver. O dr. Espinheiro não vai ser o último monstro que irão encontrar. Precisam vir para o
acampamento.

— Acampamento? — perguntou ela.

— Acampamento Meio-Sangue — respondi. — É onde os meios-sangues aprendem a sobreviver e tudo o mais. Vocês podem se juntar a nós, ficar lá direto, se gostarem.

— Vamos! — disse Nico à irmã.

— Esperem. — Bianca sacudiu a cabeça. — Eu não...

— Há outra opção — disse Zoë.

— Não, não há! — interveio Thalia.

Thalia e Zoë se fulminaram com o olhar. Eu não sabia do que estavam falando, mas dava para ver que havia uma história ruim entre elas. Por alguma razão, as duas se odiavam de verdade. Eu não quero me meter nisso nem morta.

meu lírio ~ Thalia Grace x OcOnde histórias criam vida. Descubra agora