Capítulo 7: Festa

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Quinta feira, às 12:30

Larissa terminava de atender o último paciente antes de ir ao lanche. O foco não foi no lanche, mas na fofoca que a paciente estava passando, sobre um chifre da mulher no namorado. A enfermeira era curiosa demais.

Depois disso, ela foi, pegou a bolsinha de lanche e saiu do trabalho. Sentando numa mesa pública, ela tirou da bolsa...um hambúrguer bem grande com batatas bem fritas e douradas. Umas das comidas preferidas delas, e num dia de sol não tão quente. Benção.

Do nada, um homem com roupa de exercício corria ao lado da mesa, mas caiu de um só.

- AFF, porraaa - falou o homem com a caída que feriu um pouco a perna.

- Você está bem? - perguntou Larissa com hambúrguer na boca.

- Sim, tô bem, fiz um movimento demais.

- Uma marquinha, mas você deve estar bem. - falou ela na paz.

- É doutora? - Ele se levanta do chão.

- Ainda não, sou enfermeira.

- Ah, é que tem porte de doutora, mas também de.... - ele senta se mostrando pensativo.

- Também de que? - Ela toma uma Pepsi.

- Talvez uma atriz, uma modelo. Beleza você tem.

- Ahh, obrigada, mas eu não tenho pra fazer esse caminho de carreira, já de enfermeira tô bem.

- Ah más, se tivesse ajuda você poderia ser mais que uma enfermeira.

- Talvez, não vou negar. Gosto mais de escrever, mas tenho certo...desejo de atuar. Mas a realidade é essa aqui, e eu tô bem.

- Mas se alguém te oferecer, você aceitaria, né?

- Porque essa pergunta? - ela estranha a forma de falar do homem.

- Então...- ele respira fundo - ...eu sou rico.

- Ah, você é riquinho.

- Sim...- Ele ri. - Então eu ofereço pra mulheres financiamento pra bancar o projeto delas.

- Aí tem que pagar interesse né? Típico capitalista - ela bebe suco quase rindo.

- Aí está a coisa... é de graça.

- Que? - Ela tosse, cuspindo o suco pela surpresa. - De graça? Mentira.

- Não é mentira. - Ele olha sério pra a enfermeira. - Não quero esse tipo de coisa, de pessoas dever por fazer o bem pela humanidade. Quero que vocês saiam pra frente.

- É porque só mulheres? Tá suspeito isso...- ela começa a arrumar as coisas.

- Simples. A mulher tem as coisas mais difíceis para elas, mas usualmente são mais rápidas em tomar decisões. Então por isso quero fazer esse bem.

- E .... você acredita que posso fazer bem? Quanto dinheiro estamos falando?

- Não posso falar a quantidade aqui...- ele começa a mexer no celular dele, um iPhone. -...mas é muita. E se você quiser, eu te dou os recursos para você fazer suas artes. É só vir aqui amanhã...- ele mostra a localização.

Ela passava com o carro todos os dias por esse lugar. Não era um lugar escondido, mas uma localidade pequena. Será que dá pra confiar nesse homem?

- Vou pensar. Eu tenho trabalho amanhã, e.... preciso pensar.

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