Capítulo 13: Vida Babilônica

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Noite, na boate

A patroa e a mulher se encaravam por uns segundos depois da mulher revelar que ela, Laís Andrade, diretora e dona das escolas de dança e também dona da boate, era Debianne.

- Ah, então sabe mesmo, Fernanda Da Costa Campos? - falava Laís olhando sério, com um tom meio debochado.

- Sim, Debora Anne Santos de Carvalho, aliás Laís Andrade de Perreira. - falava Fernanda também.

Se olhavam por uns segundos, mas de um momento a outro começaram a rir bem alto.

- Aí amiga, tua cara de dona traficante sempre me atiça - falava Debianne jogando papel na cara da Fernanda.

- Aí aí - Fernanda joga papel de volta. - 3 meses sem a gente se ver.

- E como foram as negociações?

- Muito bons, consegui comprar 2 shoppings, uma rede pequena de uma loja de luxo, e sobrou pra seguir vendendo armas a teus contatos.

- Muito bom, nossa influência tem que seguir no meio dessa bosta de traficantes e políticos.

- Isso mesmo. Também estou pensando em comprar uma companhia de marketing.  Descobri que têm uns segredos aí que podem funcionar bem financeiramente no futuro, mas essa companhia está no borde da falência. Queria... fazer uma visita.

- E o que tem?

- Pois que... tem um personagem interessante lá. E vou me divertir muito com ele. - falava Fernanda olhando pra o chão maliciosamente.

- De cama não é, aquí tem de sobra. É...

- Sim, é outro tipo de prazer. Depois te conto, não quero estragar a surpresa. - Fernanda coloca um lápis de lado na boca. - E você?

- Atividades normais. Despistei a polícia sobre as investigações das negociações que aconteceram nas boates, e aquela situação lá de 5 anos atrás.

- O segredo tem que estar bem guardado mesmo, senão nosso império vai ser derrubado 

- Fica tranquila, tudo está baixo controle, tá? - Debianne passa água pra a Fernanda. - Você tem seus negócios prósperos e eu controlo o mundo subterráneo. Já controlamos a cidade, daí é só seguir conquistando e comprando.

- Eu ainda acho que deveria comprar aquele pastor lá... - Fernanda toma água. - Assim contro....

- Não! - Debianne interrompe falando com firmeza. - Não quero me envolver com essas piranhas evangélicas.

- Mas assim vai controlar o fluxo de dinheiro que tem lá nessas igrejas. Pensa, se antes tinha pastores que enganavam seus fiéis pra dinheiro, imagina agora? Negócio é negócio.

- Não quero. Já disse, vai e aparece algum remorso ou alguma sujeira moral? Não, é não. - Debianne começa a ler um papel, um pouco chateada.

- Tá bom, melhor não falo mais. Você que sabe. - Fernanda fica em silêncio bebendo água.

Fernanda nesse momento só pensava as possíveis razões que Debianne tava com essa atitude. Só de sugerir ou fazer menção, ela mudava de cara, ficava bem chateada, e fechava qualquer fala. Algo que ver com o passado dela?

Debianne percebeu o silêncio da amiga, e se levantou indo até ela, abraçando ela por trás, enquanto Fernanda só se mexia um pouco com a cara seria.

- Desculpa, não quis te falar assim. - Debianne beija a bochecha da Fernanda. - Desculpa amiga.

- Tudo bem. - Fernanda coloca o copo de água na mesa sem mudar a cara.

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