Capítulo 8: Dificuldades e Injustiças

3 1 0
                                    

6 mortos. Sirene de polícia fora da faculdade e ambulância retirando os feridos e os corpos. Tudo escuro, com os estudantes com medo. O ataque foi do nada, como se a morte viesse bater à porta pedindo a cabeça dos seis.

Num quarto de aula estavam 5 mulheres escondidas: Debianne, Camila, Fernanda, Larissa e Karoline. Estavam bem quietas pelo medo desse assassino, ou assassinos, mandar uns tiros.

Larissa tampava a boca da Fernanda que começava a sentir dor pela ansiedade, que não estava fazendo bem pela gravidez.

- Polícia, abram a porta!!! - Os oficiais batiam a porta chamando com voz de autoridade.

- Será que é seguro? - dizia Karoline.

- Acho que é....deixa eu ver - Camila se levantou e lentamente abriu a porta.

- É só você ou tem mais? - interroga a polícia.

- Tem mais. - Com mais confiança ela abre a porta.

As mulheres saíram da aula em silêncio, aliviadas porque dessa vez escaparam dessa desgraça, mas tristes enquanto viram a sangue das 6 vidas no chão...

- Bom, te vejo Camila - Debianne olha para Camila.

- Amiga... - Camila abraça Debianne quase chorando com ela.

- Pode contar comigo com o que precisar, tá? - Larissa abraça a Fernanda.

- Obrigada... - Fernanda abraça a Larissa respirando aliviada.

Karoline olhava para a cena, os choros, os sirenes, enquanto...

- Karoline, você está bem? - falava uma voz atrás dela.

Karoline virou rapidamente. Era a gerente Dayane.

- Sim...- Karoline abraça a Dayane.

- Vamos pra casa...

_________________________________________

Fernanda chegava em casa, cansada e com náuseas. O último que queria era conversar, mas...

- FILHA! O QUE ACONTECEUUUU?? - a mãe desesperada abraça a filha e beija ela na bochecha. - EU ESTAVA PREOCUPADA...

- Mãe eu tô bem...- Fernanda começa a sentir náuseas e desmaios.

- Tô vendo, deixa eu te ajudar, tadinha....

Fernanda corre pra o banheiro e vomita dentro do vaso de banho.

- Meu filho...- ela sussurra, deslizando a mão na barriga, preocupada.

- Filha, você está bem? - grita a mãe desde fora da porta.

- Sim, tudo....  - tentando se acalmar.

- Aí filha, não foi fácil. Deixa a mãe te ajudar...

Fernanda sai do banheiro e a mãe coloca ela numa cadeira, falando sem parar, mostrando preocupação pela filha ter passado perto da morte. Mas na cabeça da Fernanda só estava um pensamento: o filho dela estava crescendo, e o risco dos pais dela descobrir era bem grande.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Debianne chegava cansada pra seu apartamento, tendo escapado de mais um momento forte na vida. Mas estava por enfrentar outra....

- Chegou finalmente - dizia uma voz de macho atras dela, enquanto ela entrava pra a escada pra subir a seu quarto.

- Estava me esperando? - Debianne vira para o homem. Jurandir.

- Sim. Queria falar com você sobre os pagamentos. Senta aí - Jurandir aponta pra uma mesa.

Debianne senta devagar, já tendo ideia da conversa. Ele queria mais dinheiro.

- Então, como eu falei, eu teria que subir seu aluguel. Custos da boate, sabe? 

- Aham - Debianne olha pra os dedos com uma cara muito séria.

- Mas daí pensei, e pra abaixar essas dívidas e custos, você poderia dar o que ganhou com o homem rico. - Ele olhava maliciosamente pra ela.

- O que????? - Debianne olha surpresa pra Jurandir. - Mas eu ganhei esse dinheiro. Posso te pagar o aluguel que quiser, mas eu ganhei isso com esforço 

- Debi...- ele se levanta, tomando a cerveja dele. - E só uns reais. Voce é das que mais ganham aqui. Pensa nas outras meninas.

- Elas estão ganhando mais porque têm mais clientes. Não sei de onde vem essas dívidas ou custos, mas não posso te dar tudo isso.

- Bom, tentei dialogar. Mas... - Jurandir vai até outra mesa e pega um baú. Debi olhava com os olhos bem abertos. Era o dinheiro que ela salvava todo esse tempo.

- Jurandir, não por favor - as lágrimas começavam a cair enquanto ela pegava o braco dele, rogando.

- Você tem seu sucesso, seu lugar, sua vida, isso tudo por mim. Acha que pode dizer o que quiser? Acha que pode construir um dinheiro tudo e me esconder? Ah Debianne, não pense só em você.... - ele abre o baú e joga a Debianne no chao.

- JURANDIR, É MEU DINHEIROO - ela pula e tenta afastar ele do dinheiro, mas ele dá um tapa nela e joga ela no chao.

- VOCÊ TEM TUDO ESSE DINHEIRO PORQUE EU TE DEI O LUGAR. AGORA VOCÊ VAI RETRIBUIR. - Ele se ajoelha perto da mulher enquanto ela ficava imóvel no chão. - Vai chorar? Chora. Não pode fazer nada. Seu lugar é aqui, e os líderes da cidade estão ao meu lado. O que uma prostituta pode fazer?

Jurandir com tudo o ego se levanta e pega todos as dezenas de milhares de reais.

- Vou deixar uns 4 mil aqui. Suficiente pra suas coisas e pagar o aluguel do próximo mês. - ele falava rindo - Obrigado por sua colaboração.

Ele joga o baú com uns poucos reais no chão ao lado da Debianne, que só ficava em silêncio, chorando, com uma raiva crescente nos olhos. Jurandir saiu com os bolsos de dinheiro cheios, rindo como se tivesse feito uma grande obra. Mas um coração estava guardando tudo, esperando o dia para não só ter esses bolsos, mas a cabeça dele na mão.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Camila chegou em casa, cansada. Respiraba fundo, processando tudo o acontecimento dos assassinatos. Enquanto isso, observaba toda a casa. A casa estava assim como a mãe tinha deixado, antes de ser levada para o hospital. 

Ela revisa o celular. Uma mensagem de voz do hospital sobre ligar pela manhã. Uma notícia boa da mamãe?

Jogo Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora